O governo federal vai transformar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no “motor de conteúdo” da comunicação oficial. A estratégia foi anunciada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, durante reunião ministerial nesta segunda-feira, 20.
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A ideia é destacar Lula como principal porta-voz do governo e vincular todos os feitos e programas considerados positivos diretamente à figura do presidente da República. Sidônio disse que essa abordagem é essencial para reforçar o protagonismo de Lula e preparar terreno para a disputa eleitoral de 2026.
Sidônio assumiu o comando da Secom em 14 de janeiro, depois da saída de Paulo Pimenta. Lula vinha demonstrando insatisfação com os resultados da comunicação oficial.
Diagnóstico do Secom aponta falhas na comunicação interna
A mudança vem em resposta a um diagnóstico de que o governo não se comunica de forma coordenada. Sidônio identificou que ministros desconhecem as ações realizadas por suas próprias pastas e que a Secom tem dificuldade em transmitir as iniciativas de maneira eficaz para a população.
O novo titular da Secom destacou que é preciso “humanizar” a comunicação, dando espaço para relatos de pessoas beneficiadas pelos programas do governo, em vez de priorizar dados e estatísticas.
Ministros devem viajar e vocalizar ações do governo
Além de centralizar a comunicação no presidente, Sidônio orientou os ministros a viajar mais e divulgar os programas. Ele pretende revisar contratos de comunicação de todas as pastas para unificar o discurso.
O novo ministro também disse que era necessário um planejamento mais bem elaborado. Segundo ele, a falta de uma estratégia comum faz com que cada ministro comunique ações de forma isolada e descoordenada.
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Sidônio pretende reunir a equipe de ministros para identificar prioridades, definir abordagens e escolher os formatos mais adequados para divulgar as entregas do governo, incluindo redes sociais, campanhas publicitárias e entrevistas.
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Essa revisão ocorre em meio à crise gerada pelo episódio do Pix, em que o governo precisou recuar diante da repercussão negativa sobre o monitoramento das transações superiores a R$ 5 mil. O caso reforçou a necessidade de alinhar o discurso e evitar contradições que prejudicam a imagem do governo.
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