A fronteira entre Brasil e Venezuela está fechada pela segunda vez em menos de um mês. A passagem, localizada em Pacaraima, na região norte de Roraima, foi bloqueada nesta quarta-feira, 22, para a realização de exercícios militares do exército venezuelano, e assim permanecerá até esta quinta-feira, 23.
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Os exercícios compõem a operação Escudo Bolivariano 2025, que marca a primeira ação “popular militar policial” do ano na Venezuela. De acordo com o ditador Nicolás Maduro, o objetivo é reforçar “a paz e a democracia” no país.
O tráfego de veículos e pedestres foi suspenso na região dos exercícios, com a colocação de cones ao longo da fronteira. Moradores de Roraima publicaram nas redes sociais vídeos que mostram a presença dos militares venezuelanos no local.
Em 10 de janeiro, houve outro bloqueio da fronteira entre Brasil e Venezuela, em função da posse de Maduro para seu terceiro mandato.
Venezuela anunciou exercícios na véspera da posse de Trump
Os exercícios Escudo Bolivariano são feitos anualmente, em todo o território venezuelano, e mobilizam cerca de 150 mil militares. A edição de 2025 é a décima já realizada. A operação é coordenada pelo Alto Comando Militar, com a participação dos cinco braços das Forças Armadas e do Ministério da Defesa do país.
O ditador Nicolás Maduro fechou com blindados a passagem fronteiriça entre Brasil e Venezuela em Pacaraima. Segundo a nota oficial, o objetivo é impedir a passagem de veículos durante o exercício militar Escudo Bolivariano 2025, que se realizará na área. pic.twitter.com/kX5BKPIYKw
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) January 22, 2025
Maduro anunciou os exercícios de 2025 um dia antes da posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última segunda-feira, 20. Edmundo González, opositor do regime chavista, esteve presente na cerimônia.
Os EUA, assim como Paraguai, Argentina, Uruguai e outros países, não reconhecem a vitória de Maduro e consideram González o legítimo presidente da Venezuela.
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