Por dirigir embriagado, atropelar e causar a morte da ciclista Marina Kohler Harkot, José Maria da Costa Júnior foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado. A decisão foi proferida pela juíza Isadora Botti Beraldo Moro, na madrugada desta sexta-feira, 24. O réu pode recorrer da sentença em liberdade e aguardar uma decisão final da Justiça.
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A condenação inclui 12 anos por homicídio doloso qualificado por dolo eventual (praticado com circunstâncias agravantes), além de 6 meses de detenção em regime aberto por embriaguez ao volante e outros 6 meses por omissão de socorro. Costa Júnior também perderá o direito de dirigir por 5 anos depois de cumprir a pena.
Conforme laudos periciais, Costa Júnior estava embriagado e dirigia a 90 km/h em uma via cujo limite é de 50 km/h.
Repercussão do julgamento de Costa Júnior pela morte de Marina Harkot
O julgamento durou 11 horas, resultando em uma decisão por maioria simples, com 5 votos a 4.
Maria Claudia Kohler, mãe de Marina, manifestou-se sobre a sentença: “A gente segurou uma onda muito pesada, muito doída, muito forte”, disse ela. “E a gente pode se considerar vitorioso e muito agradecido. Treze anos [de prisão] é um número baixo, mas a batalha continua. A gente quer realmente que esse caso seja significativo”.
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A promotora do caso anunciou que pretende recorrer da decisão. Seu objetivo é exigir a prisão imediata do réu. Durante o depoimento, Costa Júnior negou ter consumido álcool no dia do acidente, mas admitiu ter ido a um bar. A acusação destacou contradições entre seu relato e das testemunhas. Ele pediu perdão e alegou não ter percebido o atropelamento.
Defesa e detalhes do caso
A defesa criticou o uso de fotos do corpo de Marina durante o julgamento, alegando sensacionalismo da promotoria. O advogado afirmou que recorrerá da sentença, buscando revisão da pena.
inicialmente, o caso recebeu a classificação de homicídio culposo. Contudo, foi posteriormente reclassificado como homicídio com dolo eventual, por causa da gravidade das circunstâncias. Costa Júnior tentou limpar o veículo para não deixar provas. Um vídeo mostrou o réu sorrindo no elevador depois do atropelamento, o que impressionou a mãe da vítima.
Marina Kohler Harkot era cientista social pela Universidade de São Paulo (USP).
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