Agro puxa o freio nos investimentos, e vendas de máquinas de colher grãos desabam

As vendas de colheitadeiras de grãos, como soja e milho, caíram 54% em 2024. É o segundo ano consecutivo de redução no mercado. Os agricultores puxaram o freio nos investimentos em um dos carros-chefes do agro brasileiro.

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Os números são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em 2023, as vendas caíram 19%. O plantio dessas culturas é um dos grandes motores do agronegócio brasileiro.

A redução do faturamento e o aumento dos custos de produção fizeram os agricultores puxarem o freio nos investimentos em colheitadeiras agrícolas, conforme explica Cleiton Gauer, superintendente do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O órgão monitora o desempenho do agro no Mato Grosso, estado que lidera o cultivo de grãos no Brasil — e no mundo.

“Nos anos anteriores, a margem de lucro do setor estava melhor, o que aumentou a disposição para a troca de máquinas agrícolas”, explicou. “Agora, houve uma rápida redução das margens dos agricultores, que tiveram de priorizar os custos com outros insumos, como os fertilizantes, que aumentaram de preço.”

O especialista lembra ainda que fazer empréstimos para renovar a frota também está mais caro. “É um mix de fatores”, diz.

Vendas de colheitadeiras de grãos

Ao longo de 2024, foram vendidas 3,2 mil colheitadeiras de grãos no Brasil. Um ano antes, esse mercado movimentou 8,8 mil unidades.

No balanço interanual, houve queda nas vendas em todos os meses do ano. De acordo com o registro da Anfavea, o pior resultado ocorreu em abril, quando foram vendidas 92 colheitadeiras de grãos — uma queda de 82% em relação ao desempenho do mesmo mês em 2023.

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