Governo Lula cria grupo de trabalho para ‘elaborar ações de diversidade’

O governo Lula anunciou, nesta sexta-feira, 24, a criação de um grupo de trabalho ”com a finalidade de elaborar e consolidar ações afirmativas, de diversidade, de equidade e de inclusão”. A medida, assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi oficializada Portaria CC/PR Nº 717, em publicação no Diário Oficial da União. Leia na íntegra.

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Conforme o texto, a missão do grupo é identificar e propor ações que promovam direitos e equiparação de oportunidades. Além disso, ele vai articular propostas para implantar essas ideias.

A formação da equipe terá representantes das secretarias de Comunicação Social, Relações Institucionais, Secretaria-Geral e do Gabinete de Segurança Institucional. Também haverá participação de integrantes da Vice-Presidência da República e do gabinete pessoal do presidente Lula.

Um dos pontos destacados na portaria é a exigência de que o grupo inclua a participação de mulheres e pessoas negras, como uma forma de garantir a diversidade na composição.

O prazo inicial para que a equipe apresente seu relatório final ao Comitê Integrado de Governança da Presidência da República é de 120 dias depois da primeira reunião. Este período pode ser prorrogado, se necessário.

Medida de Lula na contramão da tendência mundial

Eleito em 2024, Donald Trump toma posse como 47º presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 20
Eleito em 2024, Donald Trump tomou posse como 47º presidente dos Estados Unidos na segunda-feira 20 | Foto: Reprodução/Twitter/X

A criação de um grupo de trabalho estatal para fomentar políticas de inclusão, no Brasil, vai na contramão de grandes empresas e da maior potência econômica mundial, os Estados Unidos.

Recém-empossado, o presidente norte-americano, Donald Trump, definiu o sexo como uma classificação biológica imutável. Dessa forma, no país, só existem “homem” e “mulher”, numa norma que impacta o registro em documentos governo. Ele também ordenou a suspensão da promoção da “ideologia de gênero” e o financiamento a programas sobre o tema.

Leia também: “A maré woke começa a recuar”, artigo de Ubiratan Jorge Iorio publicado na Edição 253 da Revista Oeste

Além disso, o Departamento de Estado orientou que prédios de embaixadas, consulados e outras representações norte-americanas em solo estrangeiro hasteiem apenas a bandeira dos Estados Unidos em repartições. A “política de uma bandeira” faz parte de promessas de Trump para reduzir políticas de diversidade e inclusão no governo.

No mesmo sentido, grandes empresas do planeta, aos poucos, abandonam a chama cultura woke.

Entre elas, Meta, Amazon, Walmart, Target, Bud Light, Jack Daniel’s, John Deere, Tractor Supply e Harley-Davidson são algumas que alteraram diretrizes internas e campanhas publicitárias para se distanciar dessa política.

Desde 2021, a “volta às origens” ocorre paulatinamente. Apesar disso, o movimento se intensificou no ano passado, desde a campanha de Trump para a Presidência dos Estados Unidos.

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