O silêncio do governo Lula sobre o cemitério clandestino de Roraima

Ministérios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva silenciaram sobre o cemitério clandestino em um terreno na favela do Bairro Pricumã, localizado em Boa Vista (RR). Forças de seguranças retiraram nove corpos e ossadas na área, nesta semana. 

A Oeste procurou os ministérios das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública, e fez três questionamentos acerca do cemitério clandestino, supostamente utilizado por facções venezuelanas:

  • “A pasta tomou consciência do caso?”
  • “Como a pasta pode atuar para inibir essa possível invasão de fronteira por criminosos venezuelanos para o cometimento de delitos em território nacional?”
  • “Alguma ação já está sendo tomada diante do caso, que veio à tona depois do fechamento da fronteira por parte da Venezuela?”

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores respondeu: “Sugere-se encaminhar a consulta para o Ministério da Justiça e Segurança Pública”.

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Já o Ministério da Justiça e Segurança Pública, informou: “Orientamos que esta demanda seja encaminhada à Ascom da Polícia Federal”. 

A reportagem de Oeste também procurou a Polícia Federal de Roraima e questionou sobre o auxílio das investigações e como a corporação realiza a segurança da fronteira da Venezuela com o Brasil para coibir a entrada desses criminosos.

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A Polícia Federal informou não ter sido acionada para auxiliar nas investigações. “Este caso é de competência da polícia civil”, acrescentou. A corporação não respondeu o último questionamento.

cemitério clandestino de roraima
Quatro corpos e cinco ossadas foram retirados do cemitério clandestino de Roraima | Foto: Material cidado a Oeste

Buscas em cemitério clandestino são encerradas

As buscas no cemitério clandestino de Roraima foram encerradas nesta quinta-feira, depois de três dias de operação. Os primeiros corpos foram retirados do local na última segunda-feira, 20. Ao todo, a polícia tirou cinco cadáveres.

Na quarta-feira 22, foi feita uma varredura na área. Além dos cinco corpos localizados anteriormente, foram descobertas as ossadas de outras quatro pessoas dentro de uma manilha concretada. A região, de acesso complicado, demandou o uso de maquinário pesado para a remoção dos restos mortais.


O delegado Wesley Costa de Oliveira, responsável pela Draco, afirmou que a equipe está investigando possíveis vínculos entre os suspeitos detidos e as ações de organizações criminosas atuantes na região. Além disso, estão sendo analisados dados de inteligência para ampliar o escopo da investigação.

“As buscas no terreno foram concluídas após uma varredura completa, mas o trabalho da Polícia Civil está longe de terminar”, declarou. “Estamos empenhados em identificar todas as vítimas, responsabilizar os envolvidos e entender se há uma relação direta com organizações criminosas. Não descartamos novas operações em outras localidades, sempre com base em informações concretas e levantamentos prévios. Nossa meta é trazer respostas para esses casos.”

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Dois venezuelano, identificados apenas como W. J H. L, de 29 anos e J. G. C. C., de 27 anos, passaram por audiência de custódia e tiveram suas prisões em flagrante convertidas em preventiva. Dessa forma, ambos foram encaminhados ao sistema prisional do Estado. 

Segundo o delegado Luís Fernando, da Delegacia-Geral de Homicídios, as investigações prosseguem para “identificar os autores dos crimes, as vítimas e as circunstâncias das mortes”.

“Além disso, é importante destacar, que a DGH está realizando diligências para qualificar os demais integrantes do grupo criminoso que participaram da ocultação”, destacou.

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