No Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, a posse de Donald Trump como presidente dos EUA gerou discussões sobre a economia europeia. Em participação por vídeo nesta quinta-feira, 23, Trump criticou a regulamentação da União Europeia e as multas aplicadas a empresas norte-americanas, como Apple, Google e Facebook.
Trump afirmou que não haverá mais países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) podendo se aproveitar da garantia de segurança dos EUA e exigiu que os integrantes da aliança militar aumentem seus gastos com defesa para 5% do PIB — uma crítica direta à Europa. Ele ainda fez críticas em relação a desequilíbrios na balança comercial entre seu país e o bloco europeu.
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“Do ponto de vista da América, a União Europeia nos trata de forma muito, muito injusta, muito mal”, afirmou o presidente dos Estados Unidos. “A União Europeia tributa de forma prejudicial os produtos americanos, o que dificulta a exportação para o bloco. Ouvi de pessoas que o sistema de tarifação na União Europeia é muito pior do que o da China para os Estados Unidos.”
As declarações de Trump intensificaram o processo de autoanálise entre os líderes europeus sobre como fechar a crescente lacuna econômica em relação aos Estados Unidos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou um plano para revitalizar a economia dos aliados do continente. O objetivo é promover uma “união de poupança e investimentos”. A proposta busca reter € 300 bilhões que anualmente saem da Europa e reinvestir esses recursos internamente.
Donald Trump quer relação ‘justa’ com a China
Em outro momento de sua participação em Davos, Trump expressou o desejo de uma relação “justa” com a China. Historicamente, o país da Ásia é um rival dos Estados Unidos.
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“Tudo o que queremos é algo justo”, disse o presidente dos EUA. Queremos apenas um campo de jogo nivelado. Não queremos tirar vantagem. Temos tido déficits enormes com a China.”
Conforme o líder, a culpa desse déficit comercial ter saído do controle é de seu antecessor, Joe Biden. Da mesma forma, Pequim expressou interesse em negociar com os Estados Unidos.
“Temos que tornar esse relacionamento justo, não precisa ser fenomenal”, avaliou Trump. “Mas eu gosto muito do presidente Xi Jinping [da China]. Sempre gostei dele. Sempre tivemos um relacionamento muito bom.”
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