Distante do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com risco de se tornar mais um ministro dispensado pelo presidente Lula da Silva, o chefe da pasta de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ganhou o apoio da bancada do PSD na Câmara.
A chancela da sigla, que obteve um importante crescimento nas últimas eleições, pode ser a sustentação de Silveira na provável reforma ministerial que a gestão petista ensaia realizar no sentido de estancar parte da crise de imagem do governo.
Silveira foi indicação de Pacheco
Silveira e Pacheco estavam juntos há anos. Inclusive, o hoje ministro teve indicação ao cargo por meio do presidente do Senado. Agora, no entanto, os dois vivem um afastamento político. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Pacheco e Davi Alcolumbre (União-AP), favorito para ser o próximo presidente da Casa, comunicaram recentemente ao Planalto que o ministro destoa do acordo firmado no início do governo.
Dessa forma, sua permanência no primeiro escalão cairia na cota pessoal do presidente, em vez de uma indicação de legenda. Silveira, no entanto, tem sido atencioso com os deputados do seu partido, PSD. A legenda tem bancadas relevantes em Estados onde há muita mineração e petróleo, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pará.
A força política da pasta é maior em locais com essas características. A capacidade política de um ministério no Rio de Janeiro é especialmente importante para o partido porque o prefeito da capital do Estado, Eduardo Paes, quer ser candidato a governador.
Outro motivo que faz a bancada pessedista ter interesse no ministério é a Comissão de Minas e Energia da Casa, presidida pelo partido. O colegiado serve para discutir projetos para a área e tem emendas de comissão para destinar a projetos executados pela pasta.
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