Em maio de 2024 estreava o novo filme do diretor e produtor Martin Durkin chamado Climate — The Movie: The Cold Truth (Clima — O Filme: A Verdade Fria), em sessão solene no auditório da Climate Intelligence (Clintel), organização composta por diversos cientistas que apresentam fatos para contestar a impostura da “emergência climática” propagada pela ONU e governos.
Na ocasião, expusemos alguns aspectos importantes sobre o primeiro filme de Durkin — The Great Global Warming Swindle (A Grande Farsa do Aquecimento Global), de 2007 — que pouca gente no Brasil conhecia, mas serve de introdução sobre uma bandeira que, mesmo sem comprovação científica alguma, continua levando a uma mudança radical de todos os padrões de vida reconhecíveis.
Já o novo filme de Durkin mostra, logo no começo, como as falsas ideias de “aquecimento global” e “mudanças climáticas” permitiram a criação de uma poderosa e perniciosa indústria global, dando incríveis oportunidades de negócios para alguns. Contudo, muito diferente de um empreendimento de puro capitalismo, que exigiria força e dedicação, sem garantia de resultados, a “indústria climática” nasce com todos os incentivos para que seu sucesso seja alcançado — especialmente porque há uma quantia fabulosa de recursos públicos, de diferentes países, destinada a esses projetos com os quais poucos vão obter lucro.
O mais interessante desse devaneio é observar o apoio dos movimentos da esquerda defendendo justamente o que eles mais atacaram no último século. Eles odeiam o capitalismo, mas se ele for verde e “sustentável”, aí tudo bem? Coerência zero, não é mesmo? Em uma melhor análise, um movimento como esse que aborda os três níveis do sistema de capitais se autodestruirá justamente por ir contra os seus próprios princípios econômicos — mas, no fundo, sempre foi isto que eles almejaram. Não é uma evolução natural da sociedade, mas uma revolução planejada, com fins específicos.
A plasticidade do sistema capitalista foi o que permitiu essa realização. Vocês querem produtos verdes? Querem “proteger” o clima? Então está aqui, só que tem que pagar. Até aí, tudo bem! Quem caiu no conto da sereia e se seduziu por comprar uma geladeira “mais econômica” ou um carro elétrico, achando que está a defender a natureza ou o clima, que arque com as suas decisões.
O problema surge quando substituem ou proíbem as coisas tradicionais, mais baratas, com menor pagamento de royalties, forçando as pessoas a comprarem e consumirem o que não querem, por falta de opção. Esses são lucro e sucesso garantidos, especialmente se forem obrigados por leis. O historiador e economista norte-americano Ph.D. Stephen Davies ressaltou que o ambientalismo não luta para obter o fracasso do capitalismo como aparenta fazer, mas quer seu seu sucesso em moldes totalitários. Então, quem será que os financia? É uma pergunta muito pertinente.
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Logo depois, entram os Estados nacionais, com toda a sua burocracia e força, quando não brutalidade, utilizando-se do dinheiro público para promover transições e forçando os cidadãos a aceitarem as novas regras de uso e consumo — o que sempre irá impactar negativamente os mais pobres, aqueles que o Estado diz proteger. Essa conta sempre chega: adotar as políticas ESG e a conversa fiada da resolução do binômio ambiente-clima, em detrimento dos princípios econômicos consagrados, só tem um destino: a ruína.
É por isso que todos os cientistas, logo no início do documentário, reforçam o ponto financeiro desse enorme embuste. Eles ressaltam que existem dois pontos cruciais de todo o enlace maligno que envolve o tema. O primeiro é que os cientistas dependem de financiamentos, seja dos governos ou de empresas privadas. Se mostrarem que o CO2 não funciona como uma estufa, suas carreiras estarão arruinadas — eles não receberão mais financiamento para suas pesquisas. Roy Warren Spencer, pesquisador da Universidade do Alabama, em Huntsville, e líder de uma das equipes científicas do satélite Aqua, da NASA, fala que a ciência acabou por criar um problema para ser financiada, logo ela se tornou corrupta.
O segundo ponto é interessante, pois se a verdade sobre o clima viesse à tona de forma unânime e escancarada — mais do que já está —, o castelo de cartas climático desmoronaria, juntamente com toda a sua “indústria” que hoje sustenta uma falsa economia. O matemático e estatístico canadense Ross McKitrick, um dos responsáveis em desmascarar os algoritmos viciados do “taco de hóquei” de Michael Mann, citou no filme de Durkin o quanto a falsa crise climática se tornou uma ótima oportunidade de negócios, incluindo empregos toscos que seguem a cartilha de clima, como “oficial climático”, ou “gerente climático”. Chega a ser patético saber que um indivíduo será contratado por uma empresa, não por causa de motivações referentes à atmosfera, meteorologia e afins, mas para ficar contabilizando carbono em planilhas de forma a verificar se estão “dentro das cotas climáticas”. Chegamos ao “clima das planilhas eletrônicas”.
Esse é o maior medo de todos os embusteiros de plantão: que os cientistas se unam para escancarar a fraude. É por esse motivo que filmes como o de Durkin e associações como Friends Of Science (Amigos da Ciência), Clintel e CO2 Coalition (Coalizão CO2), entre muitas outras, são importantes bastiões desta esperança. Se a verdade for revelada, a fraude acaba.
Outro especialista que participou do documentário de Durkin foi o físico norte-americano Steven Koonin, da Universidade de Nova Iorque (NYU), autor do livro Unsettled, obra que mostra o quanto a ciência climática não está definida. O Dr. John Clauser, laureado com o Nobel de Física em 2022, também falou sobre os modelos climáticos e a falta de componentes essenciais no entendimento do clima, como a ação das nuvens, uma das maiores incógnitas dos processos endógenos climáticos, seguidas pela ação dos oceanos.
Para falar sobre fatores exógenos, o filme trouxe astrofísicos importantes que refutam com propriedade as alucinações climáticas causadas por CO2. Entre eles estão o israelense Prof. Ph.D. Nir Joseph Shaviv, que relaciona as temperaturas históricas registradas pela geologia com os movimentos do Sistema Solar na galáxia. Particularmente, sempre quis ver o Dr. Shaviv trabalhar junto com o físico dinamarquês da Divisão de Física do Sistema Solar do Instituto Espacial Nacional Dinamarquês, em Copenhague, Prof. Henrik Svensmark. Ele e seu colega, Eigil Friis-Christensen (1944-2018) que participou do primeiro filme de Durkin, teorizaram, desde 1991, o quanto a variação do fluxo de raios cósmicos galácticos interferiam na cobertura global de nuvens, especialmente as do tipo de baixa altura, pois agiam no processo de nucleação, onde se formam as gotículas iniciais. Para a minha surpresa, o filme trouxe Shaviv e Svensmark, abordando o trabalho que realizaram em conjunto. Embora esteja muito bem referenciado, ressaltaram o peso da rejeição acadêmica que hoje dá de costas aos que se levantam contra a hipótese sem fundamento do “aquecimentismo humano”.
Há muitos outros pesquisadores, cientistas e acadêmicos que relataram, no filme, todos os casos e dados de forma que possamos entender que não existe uma emergência climática e que as coisas que estamos observando na atualidade estão dentro de um patamar bastante normal, conforme verificados nos registros paleoclimáticos. Ressalta-se ainda que, os períodos anteriores ao contemporâneo apresentaram temperaturas mais elevadas e isso não levou a nenhum caos, mas a uma grande prosperidade no meio natural.
Muitos ativistas e divulgadores das teses não comprovadas do “aquecimento global” já criticaram o filme de Durkin, por ousar questionar o “consenso científico” (inexistente) ou por tramar uma “teoria conspiratória” sobre o benfeitor Fórum Econômico Mundial, diminuindo a evidente atuação de impor as vontades draconianas declaradas por seu assecla-mor, Klaus Schwab.
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Porém, observa-se, nas publicações desses ativistas, o quanto eles é que são fraudadores e omissos: escondem o declínio de temperaturas deste inter-glacial; escondem que a Terra estava muito mais quente no passado do que na atualidade; usam um gráfico de 1988 de James Hansen, da NASA, que misturava dados de médias de temperatura anuais com as informações de meses de verão do último ano, portanto incompleto; enfim, usam a máquina para se proteger, pois, como dissemos antes, se a farsa do uso de trilhões de dólares na maior fraude monetária da História da humanidade ficar evidente, muita gente vai precisar procurar novos empregos — mas o mundo seria bem melhor, com mais liberdade e prosperidade!
Desde o primeiro filme, muitos protagonistas já não estão entre nós, como o climatologista e geógrafo canadense Prof. Ph.D. Timothy Francis Ball (1938-2022); o produtor científico Nigel David McKail Ritchie-Calder (1931-2014); o jornalista britânico Lord Nigel Lawson (1932-2023); o agroclimatologista Prof. Patrick J. Michaels (1950‑2022); o físico austríaco naturalizado nos EUA e professor emérito da Universidade da Virgínia Siegfried Fred Singer (1924-2020); e o já citado Eigil Friis-Christensen. Vale uma menção especial ao físico e geofísico Prof. Dr. Syun-Ichi Akasofu, ex-diretor do Centro de Estudos do Alaska, que completou 94 anos recentemente.
A dedicação deles e os seus depoimentos ficaram e serviram de legado para que mais pessoas despertassem à caça da liberdade e dos direitos civis e universais, pois a questão ambiental-climática concentra cada vez mais poder. A “ciência” dá carta branca ao Estado para que use a sua força para dizer o que você pode comprar, consumir, comer, andar e morar. A revelação do engano é o maior medo da horda que espreita, chia, esperneia e se autoproclama detentora da verdade, pois quanto mais pessoas entenderem sobre o embuste, mais eles se enfraquecerão. Nestes termos, eis o poder do fator Durkin.
O post A ‘indústria’ do clima e o fator Durkin apareceu primeiro em Revista Oeste.