A propaganda do governo Luiz Inácio Lula da Silva afirma que conseguiu reduzir o déficit primário (tirando os gastos com juros) a 0,1% do PIB em 2024, o que gira em torno de R$ 11 bilhões.
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Embora o balanço exiba um grande progresso em relação aos 2,4% de 2023, a Folha de S.Paulo avalia, em seu editorial de opinião desta segunda-feira, 27, que o déficit do Tesouro Nacional do atual governo petista é maior do que sugerem os balanços oficiais.
“Ao manipular gastos e receitas, o governo Lula melhora Orçamento e o país corre risco de cair em crise econômica”, diz o veículo.
Segundo o jornal, manobras passaram a ser utilizadas em grande escala desde o final da segunda gestão do governo Lula.
Portanto, a publicação destaca que, para se prevenir de distorções orçamentárias que buscam “inflar receitas, mascarar despesas públicas e driblar limites legais”, especialistas começaram a fazer cálculos mais sofisticados dos balanços do Tesouro. Tudo para expurgar os efeitos da “contabilidade criativa” do governo.
As ‘manobras’ do governo Lula
O governo petista excluiu dos seus cálculos aproximadamente R$ 30 bilhões das chamadas “despesas extraordinárias” para o enfrentamento de tragédias climáticas. Segundo a Folha, se esse valor tivesse sido levado em conta, o rombo subiria em 0,9%.
“É inescapável que os números pioraram dramaticamente sob Lula, com déficit de 2% no primeiro ano de governo e de 1,16% nos três primeiros trimestres de 2024”, calcula o jornal.
De acordo com o editorial, o que se vê com clareza, portanto, é que “a gestão petista começou com aumento inaudito do gasto público, que hoje se reflete em alta da inflação e dos juros”.
“Obter uma melhora na comparação com a calamidade de 2023 significa pouco na busca pelo reequilíbrio orçamentário”, diz o texto. “Sem ajustes bem mais profundos e rápidos, o governo levará o país a uma crise econômica”.
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