A confiança do consumidor recuou 5,1 pontos em janeiro ante dezembro, apontou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 86,2 pontos, na série com ajuste sazonal, menor patamar desde fevereiro de 2023, quando estava em 85,7 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice diminuiu 2,2 pontos.
Em nota, a FGV diz que a queda da confiança do consumidor foi puxada pela deterioração “tanto das perspectivas futuras quanto das condições atuais pelo segundo mês consecutivo, levando o indicador de volta à faixa dos 80 pontos e evidenciando um maior pessimismo entre os consumidores neste início de ano”.
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“O indicador de situação financeira futura das famílias reforça essa percepção, apontando uma piora na visão do consumidor sobre suas finanças. O resultado é disseminado entre as faixas de renda e possivelmente aliado a focos de pressão inflacionária, além da continuidade do aumento da taxa de juros que encarece dívidas e dificulta a compra de bens de maior valor”, afirmou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), na nota.
Piora de outros índices relacionados ao consumidor
Em janeiro, o Índice de Expectativas (IE) recuou 6 pontos, para 91,6 pontos. Já o Índice de Situação Atual (ISA) encolheu 3,3 pontos, para 79,4 pontos.
Entre as expectativas, o item que mede as finanças futuras das famílias deu a maior contribuição para a queda da confiança no mês, ao diminuir 6,7 pontos, para 92,5 pontos, menor nível desde agosto de 2022. O item que mede as compras previstas de bens duráveis caiu 5,9 pontos, para 85,1 pontos, e o que avalia as perspectivas para a situação futura da economia local recuou 4,6 pontos, para 98,3 pontos.
Quanto ao momento atual, a percepção sobre as finanças pessoais das famílias caiu 4,1 pontos, para 69,7 pontos, e a percepção sobre a economia local diminuiu 2,5 pontos, para 89,5 pontos.
Houve piora na confiança em todas as quatro faixas de renda familiar em janeiro.
- Renda até R$ 2,1 mil — caiu de 90,4 pontos para 84,6
- Renda de R$ 2,1 mil a R$ 4,8 mil — caiu de 91,7 pontos para 87,4
- Renda de 4,8 mil a R$ 9,6 mil — caiu de 92,7 pontos para 86,4
- Renda de acima de R$ 9,6 mil — caiu de 92,1 pontos para 88,7
A Sondagem do Consumidor coletou entrevistas entre os dias 2 e 22 de janeiro.
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