A atriz Fernanda Torres recebeu ataques da militância woke dos Estados Unidos nos últimos dias. A atriz foi criticada por ter praticado blackface em uma esquete de humor exibida no Fantástico, da TV Globo, em 2008.
Blackface é uma prática em que um ator, geralmente branco, pinta o rosto de preto ou escurece a pele para representar personagens negros, frequentemente de forma caricata e estereotipada. Hoje em dia, a prática foi abolida por Hollywood e é condenada pela indústria.
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“Lamento profundamente por isso”, desculpou-se Fernanda, em comunicado enviado no último domingo, 26, ao site norte-americano Deadline. Ela justificou que, naquela época, “apesar dos esforços dos movimentos e organizações negras”, o simbolismo do blackface ainda não era conhecido no Brasil.
“Graças a uma melhor compreensão cultural e às conquistas importantes, embora incompletas, deste século, está muito claro agora, em nosso país e em todo o mundo, que blackface nunca é aceitável”, disse a atriz. Confira um trecho da esquete abaixo:
I apologize on behalf of Brazilians for the blackface incident.
Fernanda Torres does not deserve the Oscar for this.
We must do better✊ pic.twitter.com/eiqWMZABjl
— Zorak (@zorakbr) January 27, 2025
Caso de blackface foi desenterrado por wokes dos EUA
A esquete em questão foi resgatada por norte-americanos fãs do filme Emilia Pérez, que concorre com o brasileiro Ainda Estou Aqui pelo Oscar de Melhor Filme, e da atriz transgênero Karla Sofia Gascón, que compete diretamente com Fernanda pela estatueta de Melhor Atriz.
A partir de 2020, o Oscar passou a adotar a agenda woke, que enxerga com maus olhos a prática de blackface. Em setembro daquele ano, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas criou uma política de inclusão que exige grupos “menos representados” no elenco e produção dos filmes para que possam concorrer ao prêmio.
Ao menos um dos personagens principais, ou então 30% dos papéis secundários relevantes, deve pertencer a grupos raciais ou étnicos (asiáticos, latino-americanos, negros, indígenas, etc.). Além disso, as obras devem focar histórias com mulheres, pessoas com deficiência, negros ou indivíduos LGBT.
O “fogo amigo” se destaca pela atuação política à esquerda por parte de Fernanda, que criticou o governo de Jair Bolsonaro e comemorou que sua indicação ao Oscar tenha acontecido durante o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
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