O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (Republicanos-SP), se prepara para disputar uma vaga na Casa Legislativa, nas eleições de 2026, por Minas Gerais (MG). A informação é do jornal O Globo.
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Cunha, que presidiu a Câmara entre 2015 e 2016, teve seu mandato cassado em razão de escândalos ligados à Operação Lava Jato. Depois de não conseguir se eleger por São Paulo em 2022, agora, o político mira Minas Gerais como nova base eleitoral.
A decisão de buscar MG surgiu porque sua família não tinha força política suficiente para eleger dois deputados no mesmo Estado. Cunha foi deputado pelo Rio de Janeiro por 13 anos, mas cedeu o espaço à sua filha, Dani Cunha, que se elegeu pelo União Brasil com 75 mil votos. Ele, por outro lado, obteve apenas 5 mil votos em São Paulo.
Estratégias para conquistar Minas Gerais
Para evitar novo fracasso, Cunha está adquirindo emissoras de rádio evangélicas no interior de Minas, segundo três fontes. Ele já utilizou essa estratégia no Rio, onde sua carreira foi impulsionada pela Rádio Melodia.
Mesmo com domicílio eleitoral em São Paulo, Cunha preside o Republicanos no Rio. Enquanto isso, sua filha, Dani, rompeu com a direção do União Brasil e se aproximou do Republicanos.
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O ex-presidente da Câmara afirmou que ainda não decidiu sobre a candidatura em Minas e planeja passar o controle do diretório municipal do Republicanos no Rio para Dani. Ele não negou interesse em rádios evangélicas, mas disse que não tem negociações concretas em Minas Gerais. “Estou estudando negócios em todo o Brasil”, declarou.
Repercussão política e cenário mineiro
A movimentação de Cunha gerou burburinho nos bastidores políticos de Minas, por causa de sua proximidade com Marcelo Aro (PP), atual secretário da Casa Civil do Estado e ex-aliado na Câmara. Aro, surpreso com a possível candidatura de Cunha, afirmou não falar com o colega há anos.
No cenário local, o Republicanos planeja lançar Cleitinho para o governo estadual e Euclydes Pettersen para o Senado. Com Romeu Zema (Novo) já em seu segundo mandato, há possibilidade de ele disputar a Presidência da República, o que abriria espaço para o vice, Mateus Simões, tentar o governo.
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