Na última terça-feira, 28, manifestantes em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, atacaram várias embaixadas, incluindo a do Brasil. As sedes diplomáticas de Ruanda, Estados Unidos, França e Bélgica também foram alvos. Os manifestantes acusam esses países de serem cúmplices do governo ruandês, o qual, segundo eles, apoia o grupo armado M23.
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O M23, conhecido por sua atuação violenta, tomou recentemente a cidade de Goma, na fronteira com Ruanda. O ato aumentou a tensão local. Mesmo com as negações do presidente de Ruanda, Paul Kagame, sobre o financiamento ao M23, relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam um apoio governamental ao grupo armado.
Moi même je viens de la ville précisément dans la commune de Gombe ( Kinshasa ) que tout ceci se passe les ambassades de France , Ouganda et Rwanda en feu 🔥. Tout le peuple congolais 🇨🇩 uni comme un seul homme est sur les rues pour dire non à l’agression. pic.twitter.com/OVbYxpoFLW
— Roger Yomapele (@Yomapele01) January 28, 2025
O Itamaraty confirmou que, apesar de a bandeira nacional ter sido retirada da embaixada e levada pelos manifestantes, nenhum funcionário brasileiro foi ferido.
Brasil confia na atuação do governo congolês
![General Ulisses de Mesquita Gomes, nomeado pela ONU para servir na República Democrática do Congo](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2025/01/General-Ulisses-de-Mesquita-Gomes-nomeado-pela-ONU-para-servir-na-Republica-Democratica-do-Congo.jpg)
Em comunicado, o Itamaraty destacou que “ao recordar o princípio básico da inviolabilidade das missões diplomáticas e a obrigação ativa de o país anfitrião garantir proteção ao pessoal da missão e a suas instalações, à luz do direito internacional, o Brasil confia em que o governo congolês enviará todos os esforços para controlar a situação”.
O Ministério das Relações Exteriores também expressou preocupação com a deterioração da situação humanitária em toda a região, especialmente em Goma. A cidade registra um aumento na violência contra civis e contra infraestruturas públicas.
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Missão da ONU no país com o objetivo de estabilizar a região, a Monusco sofreu ataques do M23. Sua composição, de cerca de 16 mil soldados, inclui 22 militares brasileiros. Nesta quarta-feira, 29, o secretário-geral da ONU, António Guterres, nomeou o tenente-general brasileiro Ulisses De Mesquita Gomes para liderar a força de paz da Monusco.
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