Morreu nesta quinta-feira (30), aos 78 anos de idade, a cantora, compositora e atriz britânica Marianne Faithfull. De acordo com o comunicado divulgado por seu agente, e reproduzido pela BBC de Londres, “a atriz morreu tranquila na companhia da sua família”. A morte de Marianne Faithfull marca o fim de uma era para a música e as artes em geral. Considerada uma das figuras mais emblemáticas da cultura pop, a artista deixa um legado que atravessou gerações. Seja na música ou no cinema, a carreira intensa — muitas vezes marcada por altos e baixos — de Marianne foi de grande impacto na história do entretenimento.
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Marianne Faithfull nasceu em 29 de dezembro de 1946, em Londres, e começou sua carreira musical ainda jovem. Seu primeiro grande sucesso foi a canção As Tears Go By, escrita em conjunto com os integrantes dos Rolling Stones, e lançada em 1964. Hoje considerada um clássico na antologia da música, a canção serviu como trampolim na carreira de Marianne e marcou uma parceria longa e constante entre ela e os Stones. Na verdade, Marianne Faithfull manteve durante algum tempo uma relação romântica e por vezes conturbada com Mick Jagger, durante a explosão do rock nos anos de 1960.
Na década seguinte, Faithfull acabou se distanciando tanto de Mick Jagger como do rock mais popular, e fez algumas experiências em gêneros mais alternativos como o folk e o rock progressivo. Broken English, um de seus álbuns mais bem recebidos pela crítica especializada, chegou ao mercado em 1979. Era uma mistura de punk, rock e poesia, com letras que descreviam de forma introspectiva experiências pessoais da artista, como a dor e a redenção. Marianne Faithfull também conquistou destaque no cinema. Jovem e bonita, ela se tornou uma espécie de musa do cinema alternativo britânico. Entre os inúmeros filmes dos quais participou, destaca-se A Garota da Motocicleta (1968), dirigido por Jack Cardiff, e visto como um clássico do cinema cult europeu, estrelado pelo astro do cinema francês Alain Delon.
Luta contra o álcool e as drogas
Em diversos momentos da carreira de Faithfull a artista se distanciou do seu público e dos holofotes da mídia. Foram períodos em que ela enfrentou grandes desafios pessoais, sobretudo o vício em drogas, álcool e remédios controlados. Mas ela sempre conseguiu se reerguer artisticamente, voltando a fazer colaborações na música e no cinema. Recentemente, ela fez a dublagem da personagem Bene Gesserit no filme épico de ficção científica Duna: Parte 2.
Ao longo de sua carreira, ela recebeu vários prêmios e chegou a ser indicada ao Grammy. Em 1995, Marianne Faithfull esteve no Brasil para uma de suas últimas turnês.
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