Neste fim de janeiro, Oeste traz novamente aos leitores as reportagens que mais fizeram sucesso ao longo do último mês de 2024. O texto abaixo, publicado originalmente em 6 de dezembro, informa que a perda de memória é frequentemente associada à demência, mas existem outros sinais que podem surgir antes de as falhas de memória se tornarem evidentes.
Leia a reportagem abaixo
A perda de memória é frequentemente associada à demência, mas existem outros sinais que podem surgir antes de as falhas de memória se tornarem evidentes. As informações são do jornal norte-americano The New York Times.
Especialistas afirmam que esses sinais podem indicar alterações cerebrais iniciais, sendo importantes em tipos de demência em que a memória não é o principal sintoma, como a demência frontotemporal.
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Um dos sinais precoces pode ser observado nas dificuldades financeiras. Pessoas com demência frequentemente enfrentam problemas financeiros ou observam quedas em suas pontuações de crédito anos antes de outros sintomas aparecerem.
Elas podem se esquecer de pagar contas ou ter dificuldades em seguir um orçamento. Winston Chiong, professor de neurologia na Universidade da Califórnia, em São Francisco, destaca que “uma das razões pelas quais a má gestão financeira pode ser um indicador sensível é simplesmente porque é uma coisa muito complicada”.
Problemas com sono podem ser sinal de demência — o que vai além da falha de memória
Problemas com sono também são indicativos importantes. Mudanças drásticas, como acordar às 3 da manhã ou não conseguir permanecer acordado durante o dia, podem sinalizar demência.
Joe Winer, da Universidade Stanford, explica que “algumas das regiões cerebrais que são realmente importantes para regular os ciclos de sono e vigília, como o tronco cerebral, são as primeiras afetadas pela doença de Alzheimer”.
Além disso, em casos de demência por corpos de Lewy ou doença de Parkinson, pode ocorrer distúrbio comportamental do sono REM, em que a pessoa se movimenta conforme seus sonhos, devido à falha na paralisia muscular durante o sono profundo.
“Normalmente, nossos músculos ficam paralisados durante o sono REM”, mas, nesses distúrbios, proteínas tóxicas atacam as células responsáveis por essa paralisia.
Mudanças de personalidade
Mudanças de personalidade são outro sinal a ser observado. Em estudos recentes, foi constatado que indivíduos com demência apresentaram uma queda na extroversão, agradabilidade e conscienciosidade antes de quaisquer sinais cognitivos.
Angelina Sutin, professora de ciências comportamentais na Universidade Estadual da Flórida, observa que “essas mudanças se intensificam à medida que mais sintomas de demência surgem”.
Dificuldades em dirigir também são um sinal de comprometimento cognitivo. Ganesh Babulal, da Universidade de Washington, menciona que “dirigir é um desafio supremo para o sistema cognitivo”.
Comportamentos como distrações frequentes, pequenas colisões ou evitar dirigir em condições adversas podem sugerir dificuldades cognitivas. Outros problemas físicos, como visão prejudicada, também podem influenciar.
Perda de olfato
A perda de olfato é outra manifestação precoce em doenças, como Alzheimer e demência por corpos de Lewy. As áreas do cérebro responsáveis pelo olfato estão entre as primeiras a serem danificadas.
Ao contrário de perdas auditivas ou visuais, a perda do olfato parece ser uma das primeiras indicações de neurodegeneração. Pessoas com Alzheimer podem detectar um odor, mas frequentemente o identificam incorretamente.
“Elas dizem: ‘Que cheiro agradável. Um cheiro tão doce. Deve ser gasolina'”, exemplifica Postuma.
Já aqueles com Parkinson muitas vezes não percebem os cheiros. Esses sinais, quando observados em conjunto, podem sugerir a necessidade de uma consulta médica.
A identificação precoce e o acompanhamento são cruciais para o manejo adequado da demência e para melhorar a qualidade de vida dos afetados.
O post As mais lidas do mês: confira 5 sintomas que vão além da falha de memória apareceu primeiro em Revista Oeste.