Instituto quer proibir shows de Claudia Leitte na Bahia

O Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afrobrasileiras (Idafro) solicitou ao Ministério Público da Bahia (MPBA) que o governo estadual e a Prefeitura de Salvador não contratem Claudia Leitte para “quaisquer performances artísticas”.

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A petição, enviada na quinta-feira 30, foi submetida à juíza Livia Santana e Sant’Anna Vaz, da Promotoria de Justiça Especializada no Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa. O MPBA está investigando a alegação de racismo religioso contra a cantora.

Claudia Leitte alterou a letra da música Caranguejo

A artista mudou a letra da música Caranguejo para evitar saudação a Iemanjá — entidade de religiões africanas, como candomblé e umbanda. No lugar, a cantora colocou o trecho: “canto meu rei Yeshua” — que significa Jesus, em hebraico. De acordo com o instituto, isso caracteriza “racismo religioso”.

O MPBA deve promover audiências públicas e emitir relatórios e recomendações a entidades competentes. Os autores do documento afirmam que há uma necessidade de resposta imediata das autoridades para impedir o financiamento de atividades que promovam o que eles chamam de “intolerância”.

Críticas nas redes sociais

A substituição da letra gerou críticas nas redes sociais sobre a preservação do patrimônio cultural relacionado às práticas religiosas.

Em entrevista recente, Claudia Leitte comentou o caso. A cantora afirmou que o racismo é um assunto sério e que deve ser discutido de forma profunda

A artista também reafirmou o compromisso com valores como respeito, solidariedade e integridade. “Não podemos negociar esses princípios nem transformá-los em algo jogado ao tribunal da internet”, disse.

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