Na segunda passada (27), falei de como a repórter americana Lillian Ross, em décadas de entrevistas para a revista The New Yorker, se orgulhava de nunca ter usado gravador. Tomava notas discretamente e se concentrava em observar o entrevistado, para descrevê-lo de modo que o leitor quase pudesse vê-lo na página impressa. E contei que, em milhares de entrevistas para minhas biografias de Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen Miranda, também nunca usei gravador. Por uma questão prática: eu não precisava de declarações extensas e literais do entrevistado, mas de respostas objetivas -às vezes um “sim” ou “não”- a perguntas curtas e diretas. E, no caso de pessoas mais simples, desabituadas a dar entrevistas, um gravador só iria inibi-las.
Leia mais (02/02/2025 – 08h00)
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