Hugo Motta: ‘Vamos tratar da anistia aos presos do 8/1 de forma tranquila’

Em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, na tarde desta terça-feira, 4, o novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o tema da anistia para os presos políticos do dia 8 de janeiro será tratado com “tranquilidade”.

Motta acredita que esse assunto possa aumentar a tensão entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Por isso, acredita que o avanço dessa pauta deve ser “fruto de acordo” no colégio de líderes.

“Com toda a responsabilidade, vamos tratar o tema da anistia de maneira muito tranquila, de maneira muito serena, para que não seja mais um fator para aumentar o tensionamento entre os Poderes”, disse Motta.

O presidente da Câmara também expressou preocupação com as longas penas das pessoas que foram condenadas por envolvimento nos atos do 8 de janeiro. “Algumas dessas pessoas estão exiladas na Argentina, tendo que morar fora do país”, acrescentou.

Hugo Motta fala sobre regulamentação das redes sociais

Em relação à regulamentação das redes sociais, assunto que os partidos de esquerda tentam emplacar desde a presidência de Arthur Lira (PP-AL), Hugo Motta defende novamente o diálogo no colégio de líderes.

“No biênio passado, esse tema foi vencido pela narrativa da censura”, disse Motta. “Agora, volta a ser debatido com a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos e com as grandes plataformas se alinhando ao seu governo.”

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Motta também falou sobre a possibilidade de se discutir o parlamentarismo no Brasil. “A discussão deve existir no Congresso, mas não para 2026”, avalia. “Já temos esse modelo em vários países.”

O parlamentarismo é um sistema de governo em que o chefe de Estado — o presidente, no caso brasileiro — tem um papel mais simbólico, enquanto o chefe de governo, normalmente um primeiro-ministro, é escolhido pelo Parlamento e pode ser substituído caso perca a confiança dos parlamentares.

Redução de gastos

Na entrevista, o parlamentar defende priorizar uma agenda de redução de gastos e de responsabilidade fiscal por parte do governo. Também disse ser necessário buscar maior eficiência em relação à área econômica.

Interpelado sobre o possível envio de projetos do governo para aumentar a arrecadação, Motta mencionou que, nos últimos dois anos, o Legislativo colaborou com medidas que garantiram aumentos recordes arrecadatórios.

“Talvez a agenda boa para o país não seja mais essa, de arrecadação”, disse o presidente da Câmara. “A agenda seja, de certa forma, de poder tratar a responsabilidade fiscal sob outro aspecto, podendo rever um pouco a questão dos gastos, mais responsabilidade com as despesas.”

Motta tem força nos bastidores do poder e conseguiu unir uma extensa base de apoiadores, desde o Partido dos Trabalhadores (PT) de Luiz Inácio Lula da Silva ao Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira, o presidente da Câmara definiu a pauta do plenário sem incluir projetos e discussões polêmicas

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