Na última segunda-feira, 3, a Casa Branca emitiu uma nota em que classifica a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) como “fraude”. Segundo o comunicado, a Usaid “não tem prestado contas aos pagadores de impostos” ao canalizar “enormes somas de dinheiro” para projetos com viés ideológico.
Já na quinta-feira 6, o ex-presidente Donald Trump afirmou que a agência estaria envolvida em casos de propina. Segundo ele, recursos teriam sido desviados para financiar a imprensa, de modo a favorecer o Partido Democrata.
No total, a agência gastou US$ 1,64 milhão em iniciativas de diversidade, como confirmou a secretária de imprensa Karoline Leavitt. Desse montante, US$ 1,5 milhão foi destinado à promoção de pautas woke na Sérvia, US$ 32 mil para um musical na Irlanda e US$ 47 mil para uma “ópera transgênero” na Colômbia.
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“Como pagadora de impostos norte-americana, não quero que meu dinheiro vá para isso”, declarou Karoline. “E sei que o povo norte-americano também não quer.”
Na terça-feira 4, Trump confirmou que pretende fechar a Usaid. O site oficial da agência já exibe um aviso informando que “todos os contratados serão colocados em licença administrativa, globalmente”.
O que é a Usaid?
A Usaid é um dos maiores mecanismos de “ajuda humanitária” do mundo. Financia, em teoria, propostas de melhorias em outros países — como infraestrutura, saúde e educação.
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Criada pelo presidente John F. Kennedy durante a Guerra Fria, a agência surgiu como uma rede de influência norte-americana para conter o avanço comunista-soviético, tornando-se a maior doadora individual de recursos internacionais.
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Somente em 2023, os EUA destinaram US$ 72 bilhões para diversas áreas. No mesmo período, um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontou os Estados Unidos como o país que mais financia ajuda internacional.
Qual é a intenção de Trump?
Donald Trump quer chamar atenção para os gastos dos EUA com pautas que considera contrárias aos interesses da população. A proposta faz parte de sua estratégia para reformar e reduzir o tamanho do Estado.
Além disso, Elon Musk, que ocupa um cargo no Departamento de Eficiência Governamental, tem como objetivo otimizar os gastos do governo e aumentar a transparência no uso dos impostos.
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