Hugo Motta exonera 465 servidores da Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), dispensou 465 servidores que ocupavam cargos em comissão na Casa. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira, 7.

A decisão de Motta surpreendeu os funcionários, que não foram previamente avisados, nem mesmo pelos deputados que os indicaram.

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Parlamentares responsáveis por algumas dessas nomeações minimizaram o impacto das exonerações. Eles argumentam que esse tipo de movimento é natural quando uma nova gestão assume o comando da Câmara. Agora, aguardam a reestruturação da Mesa Diretora para renegociar os cargos.

As demissões afetaram exclusivamente cargos de natureza especial (CNEs), altamente visados pelos parlamentares devido aos salários mais atrativos.

Segundo o regimento interno da Câmara, essas funções existem para a prestação de serviços de assessoramento à Mesa Diretora, às lideranças, às comissões, à Procuradoria Parlamentar, à Ouvidoria Parlamentar, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e a órgãos administrativos.

Os servidores exonerados por Motta ocupavam os cargos de assistente técnico de Gabinete e assessor técnico-adjunto.

Hugo Motta é o novo presidente da Câmara

Eleito para presidir a Câmara dos Deputados até 2027, o deputado federal Hugo Motta foi eleito com 444 votos.

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Motta, de 35 anos, é médico de formação e é o presidente mais jovem da Casa. O novo presidente foi eleito pela primeira vez como deputado federal em 2010, aos 21 anos. Essa é a idade mínima para se tornar membro do Parlamento brasileiro.

Em sua primeira fase na Casa, atuou como integrante do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido que teve destaque nas negociações pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016. Em fevereiro de 2019, período da janela partidária, Motta passou a compor os quadros do Republicanos, cuja bancada o parlamentar liderou até este ano.

A exemplo de Arthur Lira, Motta é apontado como um parlamentar pouco midiático, distante de jornalistas e com postura mais concentrada em articulações de bastidor. Esteve próximo de Eduardo Cunha, Rodrigo Maia e do agora ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL).

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O paraibano tem boas relações com outros personagens com influência no jogo político nacional. Um deles é o senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do Partido Progressistas (PP), ex-ministro de Jair Bolsonaro e uma das figuras mais vocais da oposição a Lula no Congresso.

O ex-líder do Republicanos também tem trânsito com alguns personagens do primeiro escalão da gestão do Partido dos Trabalhadores (PT), como os ministros das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Fazenda, Fernando Haddad.

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