Em um evento na segunda-feira 10, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) ironizou as críticas sobre o déficit fiscal. Ele afirmou que governar para uma parcela reduzida da população, os “ricos”, evitaria o déficit, já que a gestão gastaria menos e receberia mais.
“Neste país, tem gente que acha que este país tinha que ser governado apenas para 35% da população”, disse. “Apenas para 35% da população. Aí a gente não tinha problema de Orçamento. A gente não teria problema de déficit fiscal, porque é governar para menos gente, e gente com mais dinheiro”.
A fala é uma “alfinetada” direta a quem critica os déficits fiscais e o aumento da dívida pública. Lula argumentou que despesas em áreas como educação não são meros custos, mas, sim, investimentos essenciais para o país.
Consultoria de Orçamento do Congresso envia a Lula previsão de ‘colapso’ em 2027
Um estudo da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira do Congresso Nacional (Conof) alerta para um cenário fiscal preocupante para o governo Lula. O relatório prevê dificuldades orçamentárias substanciais a partir de 2027.
Os analistas Dayson Pereira de Almeida e Paulo Bijos destacam que o espaço para despesas discricionárias está em trajetória de redução. Esses custos, essenciais para investimentos e manutenção da máquina pública, podem atingir níveis negativos ao longo da próxima década. Clique no link abaixo e faça o download do documento na íntegra.
Embora haja previsão de medidas de contenção para 2025, o que, na teoria, ofereceria um alívio temporário, o agravamento se torna evidente a partir de 2027, conforme o estudo. Despesas obrigatórias, como previdência e emendas parlamentares, vão consumir quase todo o Orçamento.
“A situação discricionária do Orçamento federal já pode ser avaliada como crítica, especialmente a partir de 2027”, afirma o relatório. “Há tendência de agravamento acelerado ao longo do horizonte projetado, entre os anos de 2025 e 2034.”
Nesse contexto, o governo poderá enfrentar crescentes desafios para manter o funcionamento básico da administração pública. O relatório mostra que o espaço fiscal para gastos discricionários livres deverá ter drástica redução, podendo atingir valores negativos já em 2029. Esse cenário pode levar a cortes emergenciais e paralisação de serviços.
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