Parlamentares de oposição do governo Lula, liderados pelo deputado Luciano Zucco (PL-RS), se reuniram com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para debater o andamento do PL da Anistia. A reunião ocorreu nesta terça-feira, 11.
Os deputados levaram Vanessa Vieira e seus seis filhos para o encontro, com o objetivo de mostrar a realidade dos familiares dos presos nas manifestações de 8 de janeiro de 2023. A mulher, de 34 anos, fez um ato ao lado de parlamentares em prol da anistia.
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Em conversa com jornalistas, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), disse que não há um prazo para a proposta ser analisada pelo Legislativo. No entanto, salientou que a oposição tem uma “expectativa” de pautar o projeto ainda neste primeiro semestre.
“Não há um prazo, mas há uma meta”, disse Nikolas. “Acredito que antes do recesso, essa é a nossa expectativa. Mas há a expectativa e a realidade. O que a gente deseja é que as pessoas compreendam que a justiça tem pressa.”
Motta garante debate sobre a anistia
O líder da oposição na Câmara, Zucco, afirmou que Motta se mostrou “sensibilizado” com o tema e garantiu que o PL da Anistia vai ser debatido na Casa.
“A ideia do presidente Hugo Motta é que realmente seja aberto o diálogo com os demais partidos e, quando maduro, a gente possa levar ao Plenário”, afirmou. “A gente vai tentar levar ao Plenário o mais rápido possível.”
Zucco destacou que Motta também vai procurar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para “tratar do diálogo”. “Mas vai ter o entendimento de conversar com a Casa, com os partidos, para falar com outros partidos, não só os da oposição”, acrescentou.
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O relator do PL da Anistia na Comissão de Constituição e Justiça na Câmara, Rodrigo Valadares (União-SE) disse que o projeto tinha maioria no colegiado para ser aprovado. À época, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), retirou o tema da pauta para retornar à uma comissão especial — a qual não foi criada.
De acordo com Valadares, “existem parlamentares inclusive da centro-esquerda, da esquerda moderada, que são favoráveis à anistia”. “O tema já está exaurido. A gente precisa do diálogo para encontrar a forma de enfrentar o tema”, finalizou.
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