As distribuidoras de filmes já sabem e os exibidores (donos das salas de cinema) têm absoluta certeza: quando um final de semana traz entre as estreias um filme de herói, e ainda mais do Universo Marvel, não há espaço para mais ninguém. Pois hoje entra em cartaz o aguardado Capitão América — Admirável Mundo Novo, superprodução da Disney/Marvel que desenvolve mais uma aventura com um dos principais personagens dos comic books, o Capitão América. Realizado ao custo de US$ 180 milhões, o filme vem gerando grande expectativa, mas também dúvidas entre os fãs mais exigentes por conta das inúmeras novidades na história e no próprio herói.
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Mesmo que Capitão América chegue com status de arrasa-quarteirão, ocupando a maior parte das salas pelo país, alguns poucos filmes se arriscam a concorrer na batalha pelo público. E já que Capitão América é o típico produto “filme para hominhos”, as mulheres podem optar por Bridget Jones – Louca pelo Garoto. Este é quarto filme da série Bridget Jones, que teve início no longínquo 2001 com O Diário de Bridget Jones e à época garantiu uma indicação ao Oscar de melhor atriz para Renée Zellweger.
E para aqueles que buscam por algo menos comercial, a opção é Sing Sing, produção independente que buscou inspiração e apoio em seu desenvolvimento por meio do programa Rehabilitation Through the Arts (Reabilitação Através das Artes) criado dentro da prisão de segurança máxima de Sing Sing, no estado de Nova York (EUA). Estrelado por Colman Domingo e Paul Racio, o filme apresenta a transformação na vida dos detentos que passaram a se dedicar à criação de espetáculos teatrais dentro do presídio. Sing Sing concorre aos Oscars de melhor roteiro, ator (Colman Domingo) e canção original.
Capitão América — Admirável Mundo Novo (Estados Unidos)
Vamos aos fatos: a frase mais utilizada pelos críticos norte-americanos para definir esse capítulo de Capitão América é que o filme “não tem nada de admirável e muito menos de novo”. Trata-se da quarta sequência dos filmes da Marvel com o Capitão América que, por sua vez, dá continuidade aos eventos da série Falcão e o Soldado Invernal (2021). Falcão e Capitão América? Sim, é que o personagem Falcão foi inserido no universo Marvel do cinema com a interpretação do ator Anthony Mackie. Entre tantos filmes, personagens e elocubrações inimagináveis dos roteiristas, consideraram que seria “super cool” trocar o ator Chris Evans — que vestiu a armadura do herói em Capitão América: Guerra Civil e na franquia Os Vingadores — por Anthony Mackie.
Além de uma série de problemas que causaram interrupções durante as filmagens de Capitão América — Admirável Mundo Novo, o filme enfrentou dificuldades em encontrar a melhor rota para desenvolver a trama. Foram oito roteiristas disputando as melhores ideias. Até que alguém se lembrou da minissérie Truth: Red, White & Black, publicada pela Marvel Comics entre 2003 e 2004, quando apresentaram o primeiro Capitão América negro. Naquele momento, era uma forma de os quadrinhos denunciarem a história real do Experimento de Tuskegee, episódio trágico da história dos Estados Unidos no qual cientistas do governo conduziram estudos não éticos em homens negros sem o seu consentimento. E assim surgiu a ideia de Anthony Mackie, agora, assumir o escudo e a roupa com as cores da bandeira norte-americana.
Bridget Jones – Louca pelo Garoto (Reino Unido, Estados Unidos)
O Diário de Bridget Jones chegou aos cinemas em 2001, quando Renée Zellweger tinha 32 anos de idade e com o filme conquistou fama mundial. Baseado no romance escrito por Helen Fielding, a história encantou sobretudo o público feminino, que imediatamente se identificou com a personagem de uma mulher insegura, bem acima do peso, que decide escrever um diário sobre seus traumas, desejos e fantasias. Bridget Jones – Louca pelo Garoto é o quarto filme da franquia, contando com a mesma Renée Zellweger, só que agora aos 55 anos e louca por um garoto (como entrega o título).
A trama começa com uma Bridget solitária e ainda vivendo o luto pela morte do marido, quatro anos atrás. Seus dias se resumem a cuidar dos filhos Billy, de 9 anos, e Mabel, de 4. Uma rotina que só é quebrada nos raros encontros com amigos e até com um amor da juventude, Daniel Cleaver (Hugh Grant) — par romântico da personagem em O Diário de Bridget Jones. Mas são justamente esses amigos que incentivam Bridget a dar um novo sentido à sua vida, o que inclui se permitir viver uma nova experiência amorosa. Recorrendo aos aplicativos de namoro, ela acaba conhecendo o jovem horticultor Roxster (Leo Woodall).
Ainda que o roteiro busque o humor irreverente dos primeiros filmes, esse novo capítulo apresenta um tom um pouco mais melancólico. Os elementos são coerentes com uso da tecnologia no quesito relacionamentos online, mas sem deixar de propor uma reflexão sobre o papel da mulher moderna que precisa se dividir entre as tarefas de casa, como os filhos, além de lidar com o trabalho e principalmente com o julgamento das pessoas sobre as escolhas pessoais.
Sing Sing (Estados Unidos)
Uma informação importante: nos Estados Unidos, a média de reincidência nas prisões é acima de 60%. Esse número cai drasticamente — abaixo de 5% — quando os dados se referem à prisão de segurança máxima de Sing Sing, operada pelo Departamento de Correções e Supervisão Comunitária do Estado de Nova York, na vila de Ossining, distante cerca de 48km da cidade de Nova York.
O resultado se deve ao programa Rehabilitation Through the Arts (Reabilitação Através das Artes), que permite aos presos desenvolverem suas habilidades artísticas na criação de espetáculos teatrais dentro do presídio. Sing Sing não é um documentário, uma vez que conta com atores profissionais como Colman Domingo, indicado ao Oscar 2025. Mas a maior parte do elenco é formada por ex-detentos que se dedicaram ao programa de reabilitação. Sing Siong é dirigido por Greg Kwedar.
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