O governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos decidiram reavaliar o acidente de 1976 que vitimou Juscelino Kubitschek (JK). A decisão de reabrir o caso foi motivada por um laudo do engenheiro e perito em transportes Sérgio Ejzenberg. O jornal Folha de S.Paulo divulgou a informação nesta quinta-feira, 13.
O laudo, solicitado pelo Ministério Público Federal (MPF), integra um inquérito civil que investiga as causas do acidente que matou JK e seu motorista, Geraldo Ribeiro. Ejzenberg, com o apoio do designer Ricardo Dachtelberg, produziu animações em 3D do acidente. Essas simulações foram incorporadas ao laudo técnico e tornadas públicas em 2021, como parte do inquérito civil.
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As animações reconstituem o acidente a partir de três ângulos: do Opala, do ônibus da Cometa e da carreta. Ejzenberg concluiu que não houve colisão direta entre o ônibus e o Opala, o que aumenta o mistério sobre a razão do carro de JK ter cruzado o canteiro central para colidir com a carreta em sentido oposto.
JK pode ter sido alvo de atentado
Outras investigações, o que incluiu as das Comissões Estaduais da Verdade de São Paulo e de Minas Gerais, e da Comissão Municipal da Verdade de São Paulo, também não identificaram colisão entre os veículos e sugerem que JK pode ter sido alvo de um atentado político.
Essas comissões reuniram indícios que apontam para possíveis sabotagens mecânicas no Opala, além de considerarem um tiro ou envenenamento do motorista. Investigações anteriores concluíram que o carro se desgovernou por uma ação externa.
O inquérito civil conduzido pelo MPF entre 2013 e 2019 concluiu ser “impossível afirmar ou descartar” a hipótese de atentado, por causa da falta de provas materiais suficientes para determinar a causa do acidente ou explicar a perda de controle do veículo.
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