A vida no modo avião

Quando a aeromoça avisa que, a partir dali, os celulares devem ser deixados no “modo avião”, dá para sentir o mal-estar ao meu redor. Os homens parecem acometidos de súbita disfunção erétil; as moças, sei lá, mas também revelam um desconforto. A ponte aérea não passa de 45 minutos, mas, sem o celular, pode ser tão longa quanto uma viagem Rio-Honolulu. Exceto para mim. Na condição de não usuário do aparelho ?um dos últimos da espécie a ainda prescindir dele, donde em breve condenado à extinção–, já vivo o tempo todo em modo avião e sou muito feliz.
Leia mais (02/15/2025 – 08h00)
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