Ministério Público ajuíza ação para controlar búfalos em Rondônia

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação pública para que seja determinado o controle e a erradicação de búfalos exóticos da Reserva Biológica Guaporé, no oeste de Rondônia.

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A ação solicita ao Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) e ao governo do Estado medidas para resolver o problema.

De acordo com o MPF, o crescimento desordenado da espécie tem gerado sérios danos ambientais, como a compactação do solo.

MPF alega que os animais prejudicam a vegetação

De acordo com o órgão, os animais danificam a vegetação e prejudicam as fontes de água natural disponíveis no local. Além disso, os búfalos competem com o cervo-do-pantanal, uma espécie ameaçada de extinção.

Ainda segundo a ação, a presença dos animais também representa riscos econômicos e sanitários para a região. Atualmente, cerca de 5 mil búfalos ocupam 12% da reserva.

Ainda segundo a ação, a presença dos búfalos também representa riscos econômicos e sanitários para a região | Foto: Wirestock/Freepik
Ainda segundo a ação, a presença dos búfalos também representa riscos econômicos e sanitários para a região | Foto: Wirestock/Freepik

Além disso, os animais não são vacinados nem submetidos a controle sanitário. Segundo o procurador Gabriel Amorim, autor da ação, isso pode afetar a credibilidade da cadeia pecuária de Rondônia.

O MPF ainda destaca que o plano de controle deve priorizar métodos que causem o menor sofrimento possível aos animais. 

A história dos búfalos na região

Os búfalos foram introduzidos na região em 1953, na antiga Fazenda Pau d’Óleo. O projeto, inicialmente criado para a introdução dos animais, foi abandonado. Os 36 búfalos que ficaram se reproduziram livremente em um ambiente sem predadores e com recursos abundantes.

Sem medidas de controle, o MPF estima que a população de búfalos pode alcançar 50 mil até 2030. Com isso, os animais podem ocupar a metade da reserva.

Nos últimos 30 anos, os ambientes alagados na área diminuíram 48%, em razão do pisoteamento e da abertura de canais que causaram erosão e a compactação do solo.

Em 2008, o Ministério Público de Rondônia, juntamente de outros órgãos públicos, visitou a região depois de denúncias sobre intervenções em sítios arqueológicos. 

De lá para cá, foram realizadas diversas reuniões com o objetivo de buscar uma solução. Entretanto, até hoje nenhuma ação concreta foi tomada.

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