O vereador Guilherme Kilter (Novo) protocolou na Câmara Municipal de Curitiba o projeto da “lei anti-Anitta”, que impede a contratação, patrocínio ou apoio de eventos com dinheiro público quando houver conteúdo inapropriado para crianças e adolescentes.
Apresentada nesta quinta-feira, 20, a proposta estabelece critérios para barrar espetáculos que apresentem nudez, simulação de atos sexuais, conteúdo erótico ou pornográfico e atos de natureza libidinosa. A cantora de funk já teria recebido dinheiro público para apresentações consideradas impróprias para menores.
+ Leia mais notícias de Política na Oeste
A medida busca proteger os valores familiares e garantir que os recursos públicos sejam direcionados a eventos culturais compatíveis com a moralidade e a faixa etária do público. “O dinheiro do cidadão não pode ser usado para financiar apresentações que atentam contra os princípios da família e expõem crianças e adolescentes a conteúdos impróprios”, diz Kilter.
A proposta prevê que, em caso de descumprimento da norma, o contrato seja imediatamente rescindido, e o responsável pela contratação arque com multa equivalente a 100% do valor investido, com os recursos destinados ao Fundo Municipal para a Criança e o Adolescente (FMCA).

Ele destacou que a regulamentação ajudará a evitar casos semelhantes no futuro e promover maior controle sobre o uso dos recursos públicos, a fim de assegurar que a programação cultural financiada pelo município esteja alinhada com os valores da sociedade.
“Não se trata de censura, mas sim de responsabilidade na gestão do dinheiro público”, argumenta Kilter. “A cultura deve ser incentivada, mas sem comprometer a formação moral das novas gerações.”
Anitta é alvo de moção de repúdio em Curitiba
Na última quinta-feira, 13, Kilter apresentou uma moção de repúdio contra a realização do show Ensaios da Anitta, ocorrido dias depois na capital paranaense. Segundo o parlamentar, a artista banaliza a família tradicional e adota uma postura incompatível com os valores culturais da cidade.
“Anitta não é uma artista como qualquer outra”, disse o vereador ao jornal curitibano Gazeta do Povo. “Ela usa da sexualização, banalização da família tradicional e das relações sociais para se promover. Curitiba não tem esse perfil.”
Na justificativa da proposta de repúdio, o vereador argumentou que a apresentação da cantora se caracteriza “pela exploração excessiva da sexualidade, com coreografias e letras de músicas que promovem comportamentos inadequados”. Para ele, a normalização desse tipo de evento é uma afronta aos valores da família e influencia negativamente a juventude.
Embora o show não conte com recursos da Prefeitura, Kilter destacou que a atração ocorreu em um espaço público. “É um show de iniciativa privada, mas a Pedreira Paulo Leminski é de propriedade da Prefeitura”.
O vereador defendeu que a política também se faz com sinalizações de princípios e valores. “Não podemos permitir que um show de pura banalização sexual a céu aberto seja normalizado na nossa sociedade”.
Na opinião do parlamentar, Curitiba deve preservar o que resta dos valores familiares tradicionais no Ocidente. Kilter acrescentou que esse tipo de show “normaliza comportamentos moralmente reprováveis, objetifica as mulheres e banaliza a vulgarização das relações humanas”.
Leia também: “O declínio da agenda woke“, reportagem de Loriane Comeli e Uiliam Grizafis publicada na Edição 239 da Revista Oeste
O post Lei ‘anti-Anitta’ quer barrar verba pública para shows eróticos em Curitiba apareceu primeiro em Revista Oeste.