Em discurso na Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) denunciou os abusos do Supremo Tribunal Federal (STF). O evento começou nesta quarta-feira, 19, em Washington, nos Estados Unidos.
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No discurso, o parlamentar lembrou da prisão de Jason Miller, ex-assessor do presidente dos EUA, Donald Trump, em Brasília. Em 2021, o norte-americano veio ao Brasil para dar uma série de palestras, mas acabou detido por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Miller, que estava no Aeroporto de Brasília, foi conduzido para prestar depoimento à Polícia Federal (PF), no âmbito do inquérito dos “atos antidemocráticos”. Depois de voltar aos EUA, ele comparou os agentes da PF que o detiveram a nazistas.
Eduardo Bolsonaro afirma que as perseguições são políticas
De acordo com Eduardo Bolsonaro, “um cidadão norte-americano foi detido no Brasil sob ordens politicamente motivadas”. “Seu crime: apoiar a liberdade de expressão”, acrescentou.
Além disso, o deputado falou sobre a perseguição a Elon Musk. “O empresário foi adicionado a uma investigação ilegal sobre fake news”, disse Eduardo Bolsonaro. “É isso. Musk é investigado no Brasil.”
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O parlamentar ainda lembrou que, no ano passado, Moraes aplicou uma multa milionária ao X, por não cumprir as determinações do STF. Ele ainda disse que Musk viu sua empresa ser banida do Brasil. “Tudo porque ele recusou cumprir as demandas de censura da Suprema Corte”, acrescentou.
A prisão de Filipe Martins
Eduardo Bolsonaro ainda comentou a prisão de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o deputado, “autoridades brasileiras, em conluio com burocratas norte-americanos, manipularam os registros de imigração dos EUA para fabricar justificativas para a prisão de Martins”.
O parlamentar ainda disse que o ex-assessor de Bolsonaro sofreu “coerção psicológica e tratamento desumano”. O objetivo, segundo o deputado, era “extrair alguma declaração que incriminasse o ex-presidente”.
“Se eles podem deter e silenciar cidadãos norte-americanos, o que mais podem fazer?”, perguntou Eduardo Bolsonaro. “O que os impede de fazer o mesmo para ajudar terroristas, traficantes de drogas ou criminosos?”
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