O Senado da Argentina aprovou a suspensão das eleições primárias obrigatórias. O presidente Javier Milei defende o projeto, sob a justificativa de redução de custos. A aprovação ocorreu por 43 votos a favor, 20 contra e seis abstenções.
As Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (Paso) iriam ocorrer antes das eleições legislativas de outubro, quando haverá votação para eleger metade da Câmara e um terço do Senado.
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A decisão elimina a realização das Paso, que eram custeadas pelo Estado e serviam para definir os candidatos dos partidos.
Milei queria extinção definitiva, mas não teve apoio
O plano original do governo previa a extinção definitiva das primárias, mas não obteve apoio suficiente. Os governistas então propuseram a suspensão apenas para este ano. Os partidos poderão organizar primárias internas de forma voluntária, mas terão de arcar com os custos.
“As Paso, que foram apresentadas para resolver a falta de consenso, se revelaram apenas uma pesquisa cara que aumentou os gastos do Estado”, afirmou o senador governista Bruno Olivera Lucero durante a sessão.
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Na semana passada, a Câmara dos Deputados já havia aprovado o projeto com 162 votos a favor, 55 contra e 28 abstenções. Parlamentares contrários à suspensão argumentam que a medida enfraquece a democracia e dificulta o acesso de novos candidatos às eleições.
Como funcionam as Paso
As primárias argentinas são uma votação obrigatória, prevista no Código Eleitoral, para definir os candidatos que disputarão a Presidência. Elas servem como um teste para as eleições gerais, mas vencer essa etapa não garante a Presidência.
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Todos os eleitores votam no mesmo dia. No local de votação, encontram cédulas de diferentes partidos e escolhem a de sua preferência para votar nas primárias.
Para avançar na disputa presidencial, os candidatos precisam de pelo menos 1,5% dos votos, o que elimina partidos menores. As primárias também definem, no mesmo período, o candidato de cada legenda.
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