Depois do colapso da coalizão liderada por Olaf Scholz, do partido social-democrata (SPD), de esquerda, Friedrich Merz, do partido conservador União Democrática Cristã (CDU), desponta como favorito nas eleições antecipadas da Alemanha, que ocorrem neste domingo, 23.
O Bundestag — o Parlamento da Alemanha — passará a ter 633, e os partidos precisam de pelo menos 5% dos votos para garantir representação no Legislativo e formar governo.
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Pesquisas indicam a liderança do CDU, mas será necessário uma coalizão para governar. O AfD, que reúne políticos de direita, está em segundo lugar nas sondagens eleitorais. Entretanto, a imprensa alemã afirma que Merz não teria interesse em uma coalisão com o Afd, taxado como de “extrema direita” pela imprensa tradicional.
Desafios para formação de coalizões
Uma coalizão com SPD e Verdes, de esquerda, similar aos governos de Angela Merkel (CDU), é considerada complicada em razão das divergências ideológicas.
Figuras da direita mundial, como Elon Musk, Donald Trump e Viktor Orbán, impulsionaram a adesão ao AfD. Musk, por exemplo, participou por videoconferência de um comício do partido, e afirmou: “É bom ter orgulho de ser alemão. Lutem por um futuro brilhante para a Alemanha”. Para o dono da Tesla e do Twitter/X, o AfD é “a melhor esperança para a Alemanha”.
Neste domingo, Musk fez um post apenas como nome do AfD e bandeiras da Alemanha.
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Entre os principais temas da campanha eleitoral, estão as políticas migratórias e a crise econômica. A direita quer regras claras para evitar a imigração desenfreada e frear os atos de violência de imigrantes contra alemães.
Dados da última pesquisa
A mais recente pesquisa eleitoral, realizada no sábado, 22, mostrou que o CDU lidera as intenções de voto, com 30%, seguido pelo AfD, que ocupa a segunda posição com 20,5%. Juntas, essas legendas poderiam garantir uma maioria no parlamento e formar a próxima coalizão de governo.
Os sociais-democratas (SPD) têm 15,5% das intenções de voto, e os Verdes, liderados pelo atual vice-chanceler e candidato Robert Habeck, ocupam a quarta posição com 13,3%. O
O Die Linke (A Esquerda), que não conseguiu eleger representantes no mandato anterior, alcançou 7%. E o Partido Liberal (FDP), de centro direita, de Christian Lindner, corre o risco de ficar de fora do Bundestag, com apenas 4,3% das intenções de voto até o momento.
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