O Ibovespa, indicador das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em alta nesta terça-feira, 25. O índice bateu 126.031 pontos, em contraste com os 125.401 pontos de ontem, 24.
O otimismo dos investidores resulta da mais recente pesquisa CNT/MDA, que registrou um grau inédito de impopularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: 44% da população considera o atual governo ruim ou péssimo.
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A avaliação negativa passou de 31% para 44% em relação à última pesquisa, realizada em novembro de 2024. O levantamento foi realizado entre os dias 19 e 23 de fevereiro e ouviu 2.002 pessoas, com margem de erro de 2,2 pontos porcentuais e nível de confiança de 95.
A alta da bolsa foi impulsionada pela valorização das ações da construtora Azevedo & Travassos, da plataforma de comércio eletrônico Enjoei, da farmacêutica Blau e da companhia aérea Azul. Destacam-se também as ações da varejista Magazine Luiza.
Lula em queda, Bolsa em alta
Não é a primeira vez que uma pesquisa desfavorável a Lula impulsiona a alta do Ibovespa. Na sexta-feira 14, a divulgação de uma pesquisa DataFolha demonstrou uma alta expressiva na sua desaprovação: de 34% para 41%, o nível mais baixo nas três gestões do petista no Palácio do Planalto.
Na ocasião, o Ibovespa fechou o pregão com alta de 2,7%, ao alcançar 128.219 pontos. No acumulado daquela semana, houve um avanço de 2,89%. A última vez que o índice fechou acima de 128 mil pontos ocorreu em 11 de dezembro de 2024, quando atingiu 129.593 pontos.
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“A última pesquisa DataFolha diz muito mais que as evidentes dificuldades que Lula terá para concorrer em 2026”, diz o economista André Perfeito. “É mais uma evidência da forte desaceleração econômica que devemos enfrentar no começo deste ano. Digo isso por um motivo simples: cair 11 pontos a aprovação de um presidente não é normal.”
Esse aumento da avaliação negativa ocorre em um contexto de queda do Brasil no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da Transparência Internacional. Em 2024, o país obteve 37 pontos e caiu duas posições: agora, ocupa o 107º lugar entre 180 nações.
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