Polícia da Escócia prende idosa que tentava convencer grávidas a não abortar

A polícia da Escócia prendeu, nesta quinta-feira, 27, uma idosa que tentava convencer mulheres grávidas a não abortar fetos. Rose Docherty estava a 200 metros do Hospital Universitário Queen Elizabeth, que realiza a interrupção forçada da gravidez.

Em frente ao hospital, a idosa segurava um cartaz que dizia: “Coerção é crime, estou aqui para conversar, se você quiser”.

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Rose foi acusada de violar a Lei dos Serviços de Aborto. A legislação, vigente desde setembro de 2024, proíbe manifestações a menos de 200 metros de clínicas de aborto. A idosa é a primeira a ser presa sob a nova lei escocesa.

À polícia, Rose disse que não assediou nem intimidou as mulheres. Ela ainda afirmou que “todos têm direito a uma conversa consensual”.

O diálogo com as mulheres

Além disso, a idosa destacou que apenas se disponibilizou para dialogar sem tentar influenciar as decisões das grávidas. Lois McLatchie Miller, da organização Aliança em Defesa da Liberdade Internacional, criticou a prisão. Ela afirmou nas redes sociais que as autoridades da Escócia “têm sido excessivamente rígidas”.

Em contrapartida, a deputada escocesa Gillian Mackay, que liderou a implantação da lei, defendeu a prisão. A parlamentar afirmou que a nova legislação garante que mulheres que querem assassinar bebês dentro do ventre materno “não se sintam intimidadas” ao procurar clínicas de aborto.

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Leis semelhantes existem no Reino Unido, onde não pode haver manifestações a menos de 150 metros de clínicas de aborto.

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