Em 2024, o Japão registrou uma queda nos nascimentos pelo nono ano consecutivo, totalizando 720 mil, uma redução de 5% em comparação a 2023, conforme dados do Ministério da Saúde japonês.
Em contraste, a Coreia do Sul teve um aumento nos nascimentos pela primeira vez em nove anos, chegando a 238 mil, um crescimento de 3,6%, segundo o órgão oficial de estatísticas sul-coreano.
Ambos os países enfrentaram uma redução populacional, com o número de mortes superando o de nascimentos.
O Japão perdeu 897 mil habitantes, e a Coreia do Sul registrou uma diminuição de 120 mil pessoas. Apesar desse fenômeno comum, as razões para ele são diferentes em cada nação.
Fatores que influenciam a baixa natalidade no Japão
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No Japão, o adiamento dos casamentos e preocupações com os custos para criar filhos foram apontados como fatores para a baixa natalidade.
O número de casamentos subiu para 499 mil em 2024, dez mil a mais do que em 2023, mas ainda abaixo dos níveis pré-pandemia. O primeiro-ministro Shigeru Ishiba considerou isso um indicador promissor e prometeu “focar este aspecto”.
Na Coreia do Sul, o aumento nos nascimentos está correlacionado com mais casamentos pós-pandemia, atingindo 222 mil, o maior número em cinco anos.
Pesquisadores governamentais também destacaram o aumento de pessoas na faixa dos 30 anos e uma visão social mais otimista sobre matrimônio e paternidade como fatores contribuintes, representando “uma mudança nos valores sociais”.
Medidas para enfrentar desafios populacionais
Ambos os países enfrentam desafios estruturais, como a concentração de jovens em grandes cidades. No Japão, o governo oferece incentivos financeiros de até 1 milhão de ienes para famílias que se mudarem de Tóquio para cidades menores.
Na Coreia do Sul, medidas mais abrangentes foram implementadas, incluindo a declaração de emergência demográfica em junho do ano passado. Incentivos foram introduzidos para que grandes empresas ofereçam bônus a funcionários com filhos, além de expandirem a licença-maternidade para até 18 meses.
Apesar do aumento, a Coreia do Sul ainda possui a menor taxa de fecundidade do mundo, com 0,75, ligeiramente acima dos 0,72 de 2023, com a ilha de Taiwan logo atrás. A China, outra nação culturalmente próxima, também viu um aumento nos nascimentos pela primeira vez em oito anos, mas continua enfrentando declínio populacional.
Pequim anunciou a aceleração de programas de incentivo, semelhantes aos da Coreia do Sul, como apoio para creches, moradia e extensão das licenças parentais.
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