Mark Rutter, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), pediu ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky que restabeleça o diálogo com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
A solicitação foi feita em entrevista à BBC no sábado 1º, depois de um encontro tenso na Casa Branca, que evidenciou o agravamento das relações entre Kiev e Washington.
Rutter descreveu o encontro como “infeliz” e afirmou que a relação entre os dois países chegou ao seu pior momento. Ele mencionou ter se reunido duas vezes com Zelensky depois do episódio, aconselhando-o a “dar crédito a Trump”.
Durante o primeiro mandato de Trump, os EUA forneceram mísseis antitanque Javelin à Ucrânia em 2019, um gesto que Rutter destacou como crucial durante a invasão russa em 2022.
Embate entre Trump e Zelensky

“Sem os mísseis, em 2022, quando a invasão total começou, a Ucrânia não estaria em lugar algum”, declarou Rutter, destacando a importância do apoio militar dos EUA.
Na reunião, Trump pressionou Zelensky a aceitar um cessar-fogo com a Rússia, afirmando que Zelensky estava “desrespeitando” os EUA e alertando sobre os riscos de uma terceira Guerra Mundial.
Zelensky, por sua vez, acusou Trump de adotar uma postura mais branda em relação ao presidente russo Vladimir Putin, o que irritou o presidente norte-americano.
“Seu povo é muito corajoso, mas ou vocês fazem um acordo ou estamos fora. E, se estivermos fora, vocês terão que lutar sozinhos”, declarou Trump. Além disso, um acordo para a exploração de minerais ucranianos por empresas norte-americanas não foi assinado.
A proposta era uma condição imposta por Trump para continuar o apoio militar dos EUA a Kiev, destacando a complexidade das negociações entre os dois países. A ausência desse acordo pode impactar significativamente as relações futuras.
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