Na cerimônia do Oscar de 2025, o filme brasileiro Ainda Estou Aqui fez história ao conquistar o prêmio de Melhor Filme Internacional. Dirigido por Walter Salles, o longa já havia sido aclamado internacionalmente, e sua vitória no Oscar representou um marco significativo para o cinema brasileiro. A vitória de Ainda Estou Aqui foi recebida com entusiasmo tanto no Brasil quanto no cenário cinematográfico global. Para os membros da Academia, o filme não apenas destacou a qualidade e profundidade do cinema brasileiro, mas também trouxe à tona uma narrativa poderosa sobre a história recente do país.
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A atuação de Fernanda Torres, que interpretou Eunice Paiva, foi amplamente elogiada, consolidando sua posição como uma das principais atrizes de sua geração. A conquista do Oscar de Melhor Filme Internacional foi vista como um reconhecimento merecido da excelência artística e da relevância histórica do filme. A história narra a trajetória de Eunice Paiva, uma mulher que enfrenta o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, durante o regime militar no Brasil (1964-1985). O filme acompanha sua luta incansável por justiça e pela verdade sobre o paradeiro do marido, enquanto se torna uma defensora dos direitos humanos em um período de repressão e censura. A narrativa explora temas de resistência, coragem e a busca pela memória histórica em meio à opressão política.
Além de Melhor Filme Internacional, Ainda Estou Aqui recebeu indicações em duas outras categorias no Oscar de 2025: Melhor Filme, uma conquista inédita para um filme de língua portuguesa, e Melhor Atriz para Fernanda Torres, indicada por sua interpretação de Eunice Paiva, sendo esta sua primeira indicação ao Oscar. A indicação de Fernanda Torres, aliás, tem um gosto especial. A mãe, Fernanda Montenegro, disputava pelo Oscar de Melhor Atriz por Central do Brasil, em 1999. Montenegro, no entanto, perdeu a cobiçada estatueta dourada para a jovem atriz Gwyneth Paltrow, de Shakespeare Apaixonado.
Na categoria de Melhor Filme Internacional, Ainda Estou Aqui enfrentou concorrentes de destaque como Emilia Pérez, uma coprodução França-México que recebeu 13 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Atriz para Zoe Saldaña. Mas a produção brasileira fez uma jornada de sucesso na temporada, sendo reconhecida em diversas premiações internacionais, sinalizando seu potencial para a vitória. O filme recebeu o Goya 2025 como Melhor Filme Ibero-Americano, reforçando seu impacto no cinema de língua espanhola e portuguesa; no Festival Internacional de Cinema de Veneza 2024, levou o prêmio de Melhor Roteiro; e no Globo de Ouro 2025, o prêmio de Melhor Atriz em Filme Dramático foi para Fernanda Torres, o que definitivamente chamou a atenção dos acadêmicos do Oscar.
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