Se salvar uma vida é motivo de orgulho, qual será então o sentimento por ser o responsável direto pela sobrevivência de 2 milhões de bebês? Esse era o caso de James Harrison — também conhecido como o “homem do sangue de ouro”.
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Harrison morreu no último dia 17 de fevereiro, em Nova Gales do Sul, Austrália. Contudo, a família divulgou sua morte apenas nesta segunda-feira, 3. O apelido de “homem do sangue de ouro” veio porque seu organismo produzia um anticorpo raríssimo, o anti-D.
Por essa característica, seu plasma era usado para tratar mulheres grávidas com eritroblastose fetal. Trata-se de uma condição, també conhecida como doença de Rhesus. Ela faz sistema imunológico da mãe reagir ao bebê devido a uma incompatibilidade sanguínea. Isso pode causar anemia, danos cerebrais, insuficiência cardíaca e até a morte de recém-nascidos.
O homem do sangue de ouro doou seu plasma mais de mil vezes ao longo da vida. Com o material, os médicos produziam uma vacina para evitar os danos aos bebês em formação, proporcionando um desfecho feliz a milhões de famílias.
A condição sanguínea de Harrison era raríssima, presente em apenas uma pessoa a cada 6 milhões. Por sorte, um drama pessoal, antes mesmo de chegar à idade adulta, o inspirou a se tornar um doador.
A transfusão que salvou o homem do sangue de ouro
Quando adolescente, Harrison passou por uma cirurgia no pulmão. O procedimento o fez precisar de várias transfusões de sangue para sobreviver. Depois de curado, ao saber do ocorrido, resolveu se tornar um grande doador.
“Meu pai me contou que essa doação salvou a minha vida, e eu disse: ‘Então é isso, quando eu ficar mais velho, vou salvar a vida de alguém'”, comentou em uma entrevista em 2015.
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