O deputado estadual Guilherme Cortez (Psol) protocolou um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta quarta-feira, 5, com o objetivo de mudar o nome da Rodovia Castelo Branco para Rodovia Eunice Paiva.
O intuito é “ressignificar nomes” de espaços públicos que ainda fazem referência a figuras ligadas à ditadura militar. A ideia é substituir essas homenagens por pessoas que simbolizem a resistência e a busca pela justiça, afirma o psolista.
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Eunice Paiva foi uma advogada cuja história ficou conhecida pela busca de informações sobre a morte de seu marido, Rubens Paiva, durante a ditadura militar no Brasil. A história dela ganhou projeção internacional com o filme Ainda Estou Aqui. O longa-metragem é baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva e conquistou o prêmio de Melhor Filme Internacional no Oscar deste ano.
Humberto de Alencar Castelo Branco foi presidente do Brasil entre abril de 1964 e março de 1967, e foi um dos principais líderes dos atos de 1964.
A Rodovia Castelo Branco e a “ressignificação” histórica
A Rodovia Castelo Branco (SP-280, também denominada BR-374) foi inaugurada em 1968. Ela é um dos principais acessos entre a Região Metropolitana de São Paulo e o Centro-Oeste Paulista. Ao longo dos anos, projetos semelhantes ao do deputado estadual psolista têm sido apresentados, sempre com a intenção de “ressignificar” a história.
De maneira semelhante, o vereador Nabil Bonduki (PT) apresentou um projeto na Câmara Municipal de São Paulo. O projeto visa a promover mudanças em logradouros públicos que homenageiam figuras ligadas ao período militar.
Uma das propostas de Bonduki é renomear a Praça Augusto Rademaker Grunewald, localizada no bairro Itaim Bibi, com o nome de Eunice Paiva. Além disso, a Avenida Presidente Castelo Branco, na zona norte, poderia ser chamada de Avenida Rubens Paiva.
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