Ciro Gomes é incluído no Serasa, depois de não pagar dívida de R$ 1 mil

Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, entrou na lista de inadimplentes do Serasa. Isso ocorreu porque o político não pagou uma dívida de R$ 1 mil, referente a honorários advocatícios, em um processo que perdeu para o influenciador Felippe Hermes, cofundador do site BlockTrendsBR.

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O processo, movido no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, começou em 2021. Ciro, à época pré-candidato à Presidência, processou o influenciador por causa de um artigo. O texto criticava as propostas do político cearense, especialmente a ideia de reestatização da Petrobras.

A decisão judicial

Ciro Gomes alegou que a publicação prejudicou sua imagem nas redes sociais. Por esse motivo, pediu uma indenização de R$ 10 mil. No entanto, o juiz Alexandre Schwartz Manica, da 10ª Vara Cível de Porto Alegre, julgou a ação improcedente.

“A parte autora, por ser um político, está exposta a uma maior visibilidade, uma maior exposição pública, onde a crítica como opinião nem sempre fere a imagem e a intimidade”, afirmou o magistrado. “Porque há disputas de caráter ideológico, devendo-se ter maior tolerância com certas manifestações, próprias do jogo político.”

Com a decisão desfavorável, Ciro foi obrigado a pagar 10% do valor da indenização pedida em honorários advocatícios. Mesmo notificado, não efetuou o pagamento. Em razão disso, suas contas foram bloqueadas, mas o valor não foi encontrado. Isso levou à sua inclusão no Serasa.

Histórico de problemas judiciais de Ciro Gomes

Essa não é a primeira vez que Ciro enfrenta problemas por decisões judiciais não cumpridas. Em maio de 2024, a 4ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) autorizou a busca de bens em sua residência para penhora.

Retrato do pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, durante entrevista para o jornal O Estado de S. Paulo
Ciro Gomes disse que jornalistas extrapolaram a liberdade de imprensa | Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Isso ocorreu em virtude de uma dívida de mais de R$ 30 mil de 2018, quando Ciro processou a revista Veja por danos morais. O TJSP, contudo, decidiu a favor da publicação. A Corte exigiu o pagamento dos honorários advocatícios, que não foi realizado.

Em outubro de 2023, Giselle Bezerra, mulher de Ciro Gomes, também teve contas bloqueadas pela Justiça de São Paulo. A ação estava relacionada a uma indenização devida ao ex-governador paulista José Serra, depois de Ciro ofendê-lo durante entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em 2002.

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