Três leitões foram furtados de uma exposição de arte em Copenhague neste último fim de semana, 1 e 2, depois de um artista afirmar que eles seriam deixados para morrer de fome. A ação seria uma forma de criticar o tratamento de animais na Dinamarca, um dos maiores exportadores de carne suína do mundo.
Segundo notícia do jornal The New York Times, reproduzida pelo O Globo, o artista chileno Marco Evaristti disse em uma entrevista na segunda-feira, 3, que sua exposição “Agora você se importa?” tinha como objetivo “acordar a sociedade dinamarquesa”.
Leitões estavam ‘enjaulados’
A advertência referia-se aos maus-tratos dispensados no tratamento aos porcos. O alerta fazia alusão a estatísticas no sentido de que dezenas de milhares de porcos morrem a cada dia em razão de más condições. “Eu tenho algum tipo de voz como artista para falar sobre o problema”, afirmou Evaristti, de 62 anos.
A exposição foi inaugurada na sexta-feira, 28, dentro de um antigo armazém de açougue em Copenhague. Ela continha três leitões vivos ‘enjaulados’ por dois carrinhos de compras em uma pilha de palha. Pinturas em grande escala da bandeira dinamarquesa e porcos abatidos decoravam as paredes.
Esperava-se que os porcos, que receberam água, mas não comida, vivessem até cinco dias. Evaristti disse que também não comeria nem beberia até que a exposição terminasse. Segundo o artista, enquanto o espaço da exposição estava sendo limpo na manhã de sábado, membros de uma organização de direitos dos animais verificaram os leitões. Assim que eles saíram, ocorreu o furto.
“Eles fecharam a porta enquanto os faxineiros limpavam o banheiro”, descreve o artista, acrescentando que a porta estava destrancada. “Depois de quatro minutos, eles saíram e não havia mais porcos”. Um porta-voz da Polícia de Copenhague disse que recebeu uma notificação sobre o furto pouco antes do meio-dia de sábado. No entanto, não houve qualquer tipo de acusação. Evaristti afirmou que ele e sua família sofreram inúmeras ameaças.
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