O Brasil vive uma crise de saúde mental com efeitos diretos na vida de trabalhadores e de empresas. É o que revelam dados do Ministério da Previdência Social sobre afastamentos do trabalho. Em 2024, foram quase meio milhão de afastamentos. Esse é o maior número em pelo menos dez anos, segundo reportagem do site g1.
As estatísticas mostram que, no ano passado, os transtornos mentais chegaram a um estágio de incapacidade inédito. Na comparação com 2023, as 472.328 licenças médicas que as autoridades responsáveis concederam representam um aumento de 68%.
Brasil endurece regras contra as empresas
Conforme especialistas das áreas de psiquiatria e psicologia, o cenário reflete, principalmente, os impactos decorrentes da crise no mercado de trabalho e das consequências da pandemia, entre outros fatores. A situação crítica fez com que o governo federal buscasse desse modo medidas mais duras.
O Ministério do Trabalho anunciou, sobretudo, a atualização da Norma Regulamentadora 1, a NR-1, que normatiza as diretrizes sobre saúde no ambiente do trabalho. Agora, o tema precisa receber fiscalização nas empresas. Nesse sentido, dependendo do caso, eventuais infrações à norma podem gerar multa.
Os dados do Ministério da Previdência Social permitem traçar um diagnóstico da situação, com a lista de doenças que motivaram os benefícios por incapacidade temporária, que é o antigo auxílio-doença. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concede o benefício quando o trabalhador precisa se afastar por mais de 15 dias. Neste caso, é necessária por uma perícia médica para justificar a licença.
Em 2024, foram 3,5 milhões de solicitações de licença no INSS. Vários foram os motivos. Desse total, 472 mil solicitações relacionaram-se a questões de saúde mental. Em 2023, o o governo concedeu, pela mesma razão, 283 mil benefícios. Isto é, um aumento de 68% e, assim, um marco na série histórica dos últimos 10 anos.
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