A concepção de justiça, que outrora orbitava em torno do indivíduo e de suas prerrogativas legais, ganhou contornos coletivos no século 20, transformando-se em um imperativo social. Não por acaso: desde Aristóteles, que definia o humano como “animal político”, a filosofia insiste (“nossa essência é relacional”). Não sobrevivemos isolados, mas em redes de interdependência. Nesse sentido, a justiça só se realiza quando transcende o eu e abraça o outro, como lembra Emmanuel Levinas: “o rosto do outro que me interpela”. Sem alteridade, a justiça é mera ficção legalista.
Leia mais (03/11/2025 – 08h00)
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