Entre janeiro e 1º de março, o Brasil registrou 761 óbitos em decorrência da covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde analisados pela plataforma SP Covid Info Tracker.
Houve, em média, 13 mortes diárias e 89 semanais. Esse número representa uma redução de 57% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 1.789 mortes — cerca de 30 por dia e 209 por semana. Em São Paulo, a situação reflete uma tendência similar.
Até 1º de março, o Estado registrou 262 mortes, o que equivale à queda de dois Boeings 737-700. Este número é 43% menor que o registrado no mesmo período de 2024, quando 460 mortes ocorreram.
Aumento nas mortes por covid-19
Observando as últimas nove semanas epidemiológicas de 2024 e as nove primeiras deste ano, houve um aumento de 21% nas mortes no Brasil, com São Paulo registrando um aumento de 58%.
Desde 2020, até 1º de março, o Brasil contabilizou 715.295 mortes por Covid-19. Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid Info Tracker, disse que a doença continua perigosa e os números estão altos, prevendo um aumento nos casos.
Já Renato Grinbaum, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, alerta para o maior risco enfrentado por grupos vulneráveis, como idosos e pessoas com doenças crônicas. A vacinação permanece sendo o esquema de prevenção mais recomendado pelos médicos.
A OMS deixou de classificar a Covid-19 como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional em 5 de março de 2023, mais de três anos depois da declaração da pandemia em 2020.
Governo Lula usa vacinas desatualizadas contra a doença

Apesar de especialistas recomendaram a vacinação como método de combate à covid-19, o Brasil aplica vacinas contra a covid-19 que não correspondem à versão mais atualizada disponível.
Conforme mostrou Oeste em fevereiro, o governo Lula, por meio do Ministério da Saúde aguarda a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para adquirir doses da formulação mais recente. A compra envolve quase 60 milhões de unidades.
Atualmente, os postos de saúde oferecem vacinas direcionadas à variante Ômicron XBB.1.5. Elas foram desenvolvidas no final de 2023 e aprovadas no Brasil no início do ano passado.
Essa cepa, no entanto, já não é a mais recomendada. Em abril de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou a atualização para a variante JN.1, considerada a mais prevalente. A Anvisa seguiu essa recomendação em setembro e, dois meses depois, liberou a aplicação de vacinas adaptadas a essa nova cepa. Apenas as fabricantes Pfizer e Moderna receberam aprovação.
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