O Partido dos Trabalhadores (PT) se movimenta para impedir que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) assuma a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) na Câmara dos Deputados. O líder petista na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ), declarou que o partido só aceitará a nomeação caso o passaporte do parlamentar seja apreendido, conforme informou o g1.
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A sigla solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a retenção do documento, sob a alegação de que Eduardo utiliza viagens internacionais para incitar políticos dos Estados Unidos contra o Supremo. O pedido foi encaminhado pelo ministro Alexandre de Moraes para análise da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas ainda não houve decisão.
PL prioriza Eduardo Bolsonaro na comissão
O Partido Liberal (PL), maior bancada da Câmara, tem direito às duas primeiras escolhas de comissões e trata a indicação de Eduardo Bolsonaro como prioridade. A legenda vê na CREDN uma oportunidade para confrontar Moraes e o governo Lula (PT), ao fortalecer o discurso oposicionista no Parlamento.
As nomeações das comissões ocorrem por votação interna e secreta, com maioria absoluta na primeira rodada. Caso esse quórum não seja atingido, a decisão vai para uma segunda votação, em que basta maioria simples, desde que haja quórum mínimo.
O PL deve oficializar sua escolha até quinta-feira 13 e pretende consolidar o nome de Eduardo como candidato à presidência da CREDN.
PT ameaça bloquear nomeação
Lindbergh Farias garantiu que o PT utilizará todos os meios para impedir a nomeação de Eduardo Bolsonaro, caso ele ainda tenha autorização para viajar ao exterior. O parlamentar petista argumenta que a comissão não pode ser usada para promover ataques ao Supremo nem ao governo federal.
“Nós fizemos esse movimento mesmo [de pedir a apreensão do passaporte de Eduardo] para evitá-lo na CREDN”, disse o líder do PT. “Aceitamos qualquer nome, menos o dele. O dele só se for sem passaporte.”
Eduardo Bolsonaro responde à ofensiva petista
O deputado Eduardo Bolsonaro reagiu à mobilização do PT em suas redes sociais. Em uma publicação, garantiu que continuará a criticar Alexandre de Moraes, independentemente da pressão política.
“Tem que cortar minha língua, Alexandre de Moraes, pra fazer eu parar”, declarou Eduardo Bolsonaro.
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