Aposentados e torcidas organizadas de clubes de futebol fizeram intensos e violentos protestos na última quarta-feira, 12, na capital da Argentina. Houve confronto com policiais federais e, ao longo do dia, cem pessoas foram detidas. Ao todo, seis policiais ficaram feridos: três da Polícia Federal e três da Prefeitura Naval Argentina.
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O principal motivo dos protestos é o corte em benefícios previdenciários. A presença de torcidas organizadas não foi explicada. Imagens postadas nas redes sociais mostram a ação dos manifestantes e a reação da polícia.
As forças de segurança utilizaram gás lacrimogêneo, balas de borracha e caminhões hidrantes para dispersar a multidão. A ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, reafirmou a política de tolerância zero do governo em relação aos atos de desordem, conforme publicado em seu perfil no Twitter/X.
“Prendemos cerca de 100 manifestantes violentos, ativistas políticos e hooligans, membros de organizações criminosas que operam com total impunidade há anos”, escreveu Patricia.
Reação dos manifestantes e apoio das torcidas
Um grupo de manifestantes bloqueou a Avenida Rivadavia, no centro de Buenos Aires, e fez um ato contra a repressão policial. Dias antes, torcedores de clubes como Boca Juniors, River Plate, Independiente, Racing e Estudiantes demonstraram apoio aos aposentados, convocando atos em suas redes sociais.
O Ministério da Segurança Nacional anunciou medidas rigorosas contra os manifestantes, incluindo a possibilidade de prisão para aqueles que obstruíssem vias ou serviços públicos, como informou Patricia Bullrich. “De acordo com a nova Lei Antimáfia, os mais de 100 detidos enfrentam penas de até 20 anos de prisão. O tempo de pressão, extorsão e medo acabou. Vamos desmantelar essas estruturas criminosas”, disse ela.
Reações de políticos da Argentina aos protestos
A repressão aos protestos gerou reações variadas no cenário político. Líderes da oposição e sindicatos criticaram a ação do governo, enquanto políticos do La Libertad Avanza, partido de Javier Milei, expressaram apoio às medidas adotadas.
Sergio Palazzo, da Unión por la Patria, centro-esquerda, apoiou os manifestantes, afirmando: “Estou apoiando meus colegas bancários e aposentados porque acredito que suas reivindicações são justas.” O senador Martín Lousteau, da União Cívica Radical, centro-esquerda, acusou Milei de impor “o ajuste mais cruel sobre os aposentados”.
Por outro lado, o senador Bartolomé Abdala, do La Libertad Avanza, declarou que os manifestantes eram principalmente integrantes de torcidas organizadas e que havia motivação política para os protestos.
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