Bairro de São Paulo fica dentro de cratera de meteoro

O bairro Vargem Grande, no extremo da zona sul da capital paulista, fica dentro de uma grande cratera formada por um meteoro. A região fica no Distrito de Parelheiros, cerca de 35 km da região central de São Paulo. Pelo menos 40 mil pessoas vivem dentro da formação geológica.

Geólogos da Universidade de São Paulo (USP) descobriram a formação na década de 1960, por meio de imagens de satélite. O local foi nomeado de Cratera de Colônia. Estudos da USP mostram que a cratera foi formada com o impacto de um meteorito com cerca de 200 metros de diâmetro.

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O objeto teria caído na terra entre 36 milhões e 5 milhões de anos atrás e formado a cratera, que possui 3,6 km de diâmetro. A formação geológica onde se encontra o bairro Vargem Grande tem cerca de 300 metros de profundidade e uma borda soerguida de 120 metros.

A região começou a ser habitada em junho de 1989, quando surgiu o bairro. O local fica há mais de uma hora da região central da capital paulista e parece ser uma cidade do interior do Estado. Parte dos moradores vive em casas simples e com baixa infraestrutura.

Em 2024, a prefeitura começou obras que contemplam redes de água, drenagem e esgoto. A administração municipal também executou mais de 5,4 km² de pavimentação e 700 metros de redes de água e esgoto.

Prefeitura cria parque na Cratera de Colônia

Para evitar degradação ao meio ambiente, a Prefeitura de São Paulo decidiu, em junho de 2007, criar o Parque Natural Municipal Cratera de Colônia. A área tem aproximadamente 53 hectares e está inserida na Bacia Hidrográfica do Alto do Tietê. 

Visão do bairro Vargem Grande
Visão do bairro Vargem Grande | Foto: Vando Silva/Google

“O parque foi criado com objetivo de garantir a proteção desta área, com relevância histórica, cultural e científica”, informou a prefeitura. “Apresenta remanescentes de floresta nativa e campos de várzea que abrigam uma grande diversidade de espécies da fauna e flora típicas da Mata Atlântica. Além disso, abriga parte da várzea do Ribeirão Vermelho, o principal curso d’água da Cratera de Colônia. Sua importância extrapola a escala regional por desaguar na Represa Billings.”

O Parque Cratera de Colônia conta com 211 espécies de plantas vasculares, com diversas delas ameaçadas de extinção. Além disso, cerca de 250 animais silvestres vivem no local, sendo nove invertebrados, nove anfíbios, quatro répteis, 183 aves e 42 mamíferos.

No Brasil, existem apenas cinco crateras como a de Colônia e cerca de 70 em todo o mundo. A formação geológica da capital paulista, porém, é a mais próxima de um ambiente urbano e foi tombada como um patrimônio natural pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico.

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