As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram nesta quinta-feira, 13, ataques a Damasco, capital da Síria, numa demonstração de que o governo israelense considera o novo governo sírio uma ameaça.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
A ofensiva foi confirmada pelo Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, e, segundo ele, atingiu instalações de grupos terroristas.
Segundo relatos anteriores da mídia síria, os alvos eram locais da Jihad Islâmica na capital síria. Fontes acrescentaram para o The Jerusalem Post que os grupos estavam planejando operações terroristas futuras contra Israel.
O alvo do ataque foi um edifício na capital síria, onde, conforme disse uma fonte ao canal Al-Hadat havia “uma personalidade palestina.”
Outros relatos indicaram que os ataques não visaram a apenas terroristas da Jihad Islâmica. Na mira das forças israelenses, estavam outros grupos que haviam prejudicado Israel no passado, mas faziam parte de uma ameaça ativa e iminente.
Isso indica que o próprio grupo do qual faz parte o presidente sírio Abu Mohammad al-Julani (cujo nome original é Ahmed Hussein al-Shar’a), é um alvo em potencial. Julani comanda o país desde que seu grupo, Tahrir al-Sham, tomou o poder em dezembro.
Julani, no passado, era membro da Frente Al-Nusra, braço dos terroristas da Al-Qaeda. Hoje se veste com terno e gravada e, mesmo com a barba fashion e bem aparada, parece não ter convencido Israel.
“Em qualquer lugar onde grupos terroristas se organizem contra Israel, o líder extremista islâmico Julani [líder sírio Ahmed al-Sharaa] encontrará jatos das FDI pairando acima e atacando os alvos terroristas”, afirmou Katz no final do discurso.
Ataques do governo sírio a minorias
Antes, Katz havia dito que Israel não tem objeções em atacar Damasco, caso detecte ameaças ao seu território.
“Não haverá impunidade para o terrorismo islâmico contra Israel em Damasco, nem em nenhuma outra área.”
Leia mais: “Alauítas pedem proteção de Israel contra massacres na Síria”
Três meses depois de assumir o poder, o governo da Síria foi acusado de realizar ataques, na semana passada, à minoria alauíta e a cristãos nas províncias costeiras de Latakia e Tartus.
A Organização das Nações Unidas (ONU) relatou que recebeu relatos “extremamente perturbadores” em relação a morte de famílias, mulheres, crianças e ex-combatentes, nestes atos considerados de limpeza étnica.
O post Israel ataca Damasco e ameaça presidente da Síria apareceu primeiro em Revista Oeste.