Foragido da Justiça de São Paulo desde 2007, um homem acusado de homicídio foi preso pouco antes de prestar mais uma fase do concurso de investigador da Polícia Civil. Cristiano Rodrigo da Silva, de 40 anos, foi detido na última segunda-feira 10, na Academia da Polícia Civil, no bairro Butantã, zona oeste da capital paulista, enquanto se preparava para a prova oral do concurso.
Silva havia sido aprovado em várias etapas do concurso, incluindo a investigação social, que examina os antecedentes dos candidatos. Segundo jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), essa fase não pode excluir candidatos sem sentença condenatória transitada em julgado. Isso permitiu que Silva avançasse até sua prisão.
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Depois da identificação de um mandado de prisão contra ele, a Polícia Civil executou a ordem e impediu que ele continuasse no concurso. Silva foi desclassificado.
O mandado de prisão, expedido em 2007 pela 1ª Vara Judicial de Mairiporã, foi cumprido no mesmo dia. Silva passou por exames no Instituto Médico Legal (IML) e foi levado a uma unidade prisional.
A acusação contra o homem foragido tentava ingressar na Polícia Civil
O homem é acusado de matar, em novembro de 2006, um funcionário de uma pizzaria na zona leste de São Paulo. Na ocasião, ele teria usado um Gol disfarçado de viatura policial. Com um comparsa, algemou a vítima e a levou a Mairiporã, onde foi encontrada morta com um tiro na cabeça.
Silva também foi denunciado por falsidade ideológica ao se passar por policial. Enquanto seu comparsa já foi julgado e condenado, Silva permaneceu foragido. Em 2022, tentou revogar a prisão preventiva, mas teve o pedido negado pela Justiça de Mairiporã.
O TJSP informou que Silva passou por audiência de custódia na quinta-feira 13. A audiência verificou a legalidade da prisão, mantendo-o detido.
O nome de Silva estava na lista de aprovados na fase de comprovação de idoneidade do concurso, conforme o Diário Oficial do Estado de São Paulo de 27 de dezembro.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que, apesar da aprovação na investigação social, a prisão foi efetivada ao identificar o mandado.
“Após ser identificada na análise social e existência de mandado de prisão contra o candidato, ele foi preso, ficando impedido de realizar a etapa seguinte, o que resultou na desclassificação”, diz a nota oficial da Polícia Civil.
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