O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), estará em Londres na próxima segunda-feira, 17, para receber um prêmio internacional. A homenagem será em nome da Sabesp, reconhecida pela Melhor Privatização da América Latina em 2024.
A Sabesp receberá o prêmio do jornal britânico International Financing Review. Segundo o periódico, a compra de parte das ações da empresa de saneamento foi a operação mais próspera da região no ano passado.
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A cerimônia contará com a presença de diversas autoridades, como o presidente da Sabesp, Carlos Piani; a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado, Natália Resende; e o secretário de Parcerias em Negócios, Rafael Benini. Esse reconhecimento se soma ao LatinFinance Deal of the Year Awards, que premiou a empresa no começo do ano nos Estados Unidos.
A privatização da Sabesp
Em julho de 2024, a privatização da Sabesp foi concluída com a venda de 32% das ações da companhia, o que gerou uma arrecadação de quase R$ 15 bilhões. Antes do acordo, o Estado de São Paulo tinha 50,3% das ações. Depois, a participação acabou reduzida para 18,3%.
Com a privatização, o governo pretende reduzir as tarifas e atrair investimentos para antecipar a universalização dos serviços de água e esgoto no Estado de São Paulo. A ideia é atingir o objetivo até 2029, antes do prazo estabelecido pelo Marco Legal do Saneamento Básico (2033). Para tanto, a previsão é de investimentos de quase R$ 70 bilhões ao longo dos próximos quatro anos.
“Seria impossível atingir essas metas pelas mãos do Estado”, afirma o economista Denis Medina, professor na Faculdade do Comércio de São Paulo. “A iniciativa privada gera resultados melhores. Por ser a maior empresa de saneamento básico do país, a privatização da Sabesp servirá como incentivo a outras privatizações necessárias pelo Brasil.”
A Sabesp tem a expectativa de atender 3 milhões de pessoas a mais com serviços de saneamento básico. Hoje, existem cerca de 4 milhões de paulistas sem acesso à coleta de esgoto e 1,5 milhão sem acesso à água potável. Segundo dados do Banco Mundial, a desestatização da Sabesp pode gerar uma redução de aproximadamente 30% nas internações e 25% nos óbitos por ano relacionados a doenças de veiculação hídrica.
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