Brasileiros começam a lotar a Praia de Copacabana para a manifestação pela anistia

Milhares de brasileiros estão nos arredores da Avenida Atlântica, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para se manifestar a favor da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023.

Por volta das 8h, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram no saguão do Hotel Pestana, ponto de encontro das lideranças do ato, para conversar com os manifestantes e com a imprensa. O evento começa oficialmente às 10h.

Oeste acompanha as movimentações in loco. Além da equipe de reportagem em campo, a revista fará uma transmissão ao vivo, com apresentação de Daniel Vidal e comentários de Augusto Nunes, Carlo Cauti, Tiago Pavinatto e Silvio Navarro.

Políticos comentam a importância da manifestação pela anistia

O ex-vereador paulistano Fernando Holiday (PL), por exemplo, decidiu participar da manifestação para protestar contra as prisões ilegais. “A gente está num momento crucial”, afirmou. “Bolsonaro conseguiu apoio de parte do centrão para que a anistia avance no Congresso Nacional. A manifestação dá um recado não só aos partidos do centrão, mas também aos deputados que ainda não se posicionaram. Essa pauta é de milhões de brasileiros que estão indignados com as injustiças e com os abusos da Suprema Corte.”

Lucas Pavanato (PL), vereador mais votado da história da capital paulista, também fez a ponte aérea Rio-São Paulo. De acordo com o parlamentar, o objetivo da manifestação é mostrar que os brasileiros estão insatisfeitos com o autoritarismo do Supremo Tribunal Federal. “A gente quer justiça”, disse o político, ao citar as ilegalidades contra os presos do 8 de janeiro. “Quem está preso injustamente deve ter a possibilidade da anistia. A lei precisa ser respeitada.”

Por volta das 8h, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram no saguão do Hotel Pestana, ponto de encontro das lideranças do ato, para conversar com os manifestantes e com a imprensa | Foto: Igor Villas Bôas/Revista Oeste
Por volta das 8h, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram no saguão do Hotel Pestana, ponto de encontro das lideranças do ato, para conversar com os manifestantes e com a imprensa | Foto: Igor Villas Bôas/Revista Oeste

Para o deputado estadual João Henrique (PL-MS), as prisões contra os manifestantes do 8 de janeiro simbolizam o avanço do autoritarismo no país. “Estamos com a democracia em xeque”, afirmou. “Sem liberdade de expressão. Esperamos que essa vontade reprimida da população se transforme numa grande reformulação do pacto federativo e na reconstrução da Constituição Federal, para garantir o equilíbrio entre os Poderes.”

Ao ser interpelado sobre o apoio do Congresso à anistia, o deputado federal Sargento Fahür (PSD-PR) disse que a discussão sobre a pauta avançou entre os parlamentares. “Essa proposta virou realidade”, afirmou. “Acreditamos ter maioria na Câmara e no Senado para aprová-la. É um absurdo, são penas desproporcionais, não individualizadas. Há pessoas que não cometeram crime e estão presas. Devemos punir quem quebrou, depredou, mas as penas precisam ser condizentes com os crimes. Alguns estão trancafiados 14, 15, 16 anos.”

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O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-AL) também chama atenção para a desproporcionalidade das penas. “Inocentes estão presos, enquanto corruptos saem pela porta da frente das cadeias”, constatou. “O STF, lamentavelmente, está praticando injustiça. Vamos lutar pela anistia. O ambiente para a provação dessa pauta está favorável.”

Padre Kelmon, ex-candidato à Presidência da República, viajou para o Rio de Janeiro para participar da manifestação. Ele acredita que a manifestação dará voz aos brasileiros que estão insatisfeitos com os abusos do Supremo. “Muitos foram condenados injustamente, por interpretações jurídicas que não condizem com a realidade”, resumiu.

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